Homem que chutou irmã de Zanin vira réu e responderá por lesão corporal
A Justiça de São Paulo aceitou denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e tornou réu Rogério Cardoso Júnior, filmado em outubro tentando chutar dois cães da advogada Caroline Zanin, também a atingindo, enquanto ela passeava com os animais na zona oeste da capital. Ela é irmã do ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O que aconteceu
A juíza Isaura Cristina Barreira, da 30ª Vara Criminal do Fórum Central Criminal da Barra Funda, recebeu a denúncia na quarta-feira (22). A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do TJ-SP.
Rogério tem 10 dias para se manifestar nessa primeira etapa da ação penal.
O UOL tenta contato com a defesa do réu. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
Denúncia do MP-SP
O homem foi denunciado por lesão corporal "por razões da condição do sexo feminino". A pena prevista é de um ano a quatro meses de reclusão.
Ele também foi denunciado por praticar abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações contra animais silvestres ou domésticos. A pena é de detenção de três meses a um ano e pagamento de multa.
O advogado Cesar Henrique Urbina Bianco, defensor de Rogério, disse inicialmente que o homem havia sido atacado pelos animais da vítima e que as agressões não foram mostradas nos vídeos. Ele havia solicitado que a investigação da polícia captasse a "imagem completa da rua".
O promotor afirma na denúncia que o relato do denunciado "não traz qualquer fato que não tenha sido captado pelas câmeras".
Relembre o caso
O caso ocorreu na rua Desembargador do Vale, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, às 18h.
As agressões contra Caroline Zanin teriam resultado em lesões corporais de natureza leve.
Ela passeava com os cães e em um determinado momento um deles mordeu a bermuda do homem por alguns segundos. Caroline, então, puxou o animal pela guia.
O homem teria se aproximado dela e dos animais e dito: "vou chutar você e seus cachorros". Nesse momento, ele passou a desferir chutes atingindo a mulher e os animais - supostamente gerando ferimentos na vítima e em um dos cães. Ele só interrompe as agressões quando um segurança do prédio se aproxima.
O MP-SP pediu ainda que, em caso de condenação, o homem seja proibido de possuir ou adquirir qualquer animal durante o prazo da pena imposta.
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