Jornalista de 34 anos que estava desaparecida é achada morta em rio em MG

O corpo da jornalista Natália Araújo Santos, de 34 anos, foi encontrado no rio Arrudas, no bairro Granja de Freitas, na zona leste de Belo Horizonte, nesta sexta-feira. A mulher estava desaparecida desde a madrugada de quarta-feira (6) e havia deixado uma carta de despedida em casa antes de sair.

O que aconteceu

Policiais militares foram acionados para uma ocorrência de encontro de um corpo. Eles foram à cachoeira do rio Arrudas por volta das 10h da manhã de sexta-feira (8). Chegando no local, foi avistado o corpo da vítima, já sem vida, na superfície do rio, sendo necessário o acionamento do Corpo de Bombeiros para a retirada.

Corpo estava em decomposição. A Polícia Civil de Minas Gerais informou ao UOL que, quando os policiais chegaram, encontraram "um corpo de uma mulher, já em estado de decomposição".

O documento de identidade da jornalista estava entre os pertences achados durante o resgate do corpo. Um perito criminal compareceu ao local para dar início à perícia.

Inicialmente não foi possível visualizar ferimentos no corpo, que já estava em estado inicial de putrefação. O veículo de remoção de cadáver foi acionado. A família de Natália foi acionada para fazer o reconhecimento do corpo no IML (Instituto Médico Legal). Lá, foi feito o exame de necropsia, de acordo com a Polícia Civil. .

A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais para atestar as circunstâncias e a causa da morte.
Nota da Polícia Civil à reportagem

Deixou carta de despedida

A família de Natália registrou o desaparecimento dela na Polícia Civil na quinta-feira (7). Os parentes procuraram Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida logo pela manhã. A corporação chegou a divulgar um cartaz com a foto da jornalista e pediu para quem tivesse informações que entrasse em contato.

A jornalista sumiu após sair de casa na madrugada de quarta-feira (6) no bairro Sagrada Família, também em Belo Horizonte.

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Ela deixou uma carta em tom de despedida, segundo a família. Meu pai acordou assustado me mostrando a carta em tom de despedida," disse o irmão dela, Gustavo Henrique Araújo Santos, ao jornal O Estado de Minas. A carta foi deixada numa escrivaninha. Ela esperou todos irem dormir para sair de casa, por volta de 1h, segundo ele.

Natália morava na residência com o irmão e o pai deles. Gustavo contou ao jornal O Tempo que, na carta, ela pediu orações. "Ela deixou uma carta pedindo para rezarem por ela", afirmou.

A jornalista havia mudado a rotina para cuidar da mãe doente. Segundo Gustavo, Natália foi demitida na pandemia e passou a cuidar da mãe ."Nossa mãe fez todo processo de radioterapia e com a ajuda e apoio da minha irmã ela superou esse momento", afirmou Gustavo à rádio Itatiaia. O irmão disse que ela se formou em jornalismo na PUC de Minas, trabalhou como assessora na Cidade Administrativa e numa empresa de engenharia.

Ela quis ficar mais próxima [da mãe] e, nisso, teve alguns momentos de crise.

Era uma menina apaixonada por quadrinhos, animes e livros

Saiu sem celular, só com documentos e pouco dinheiro. Nunca vivi isso de ter uma pessoa desaparecida e não ter essa definição. É muito doloroso.
Gustavo, em entrevista ao jornal O Estado de Minas antes de o corpo da irmã ser encontrado

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