Manifestantes ocupam supermercados em protesto contra a fome no país
Famílias organizadas pelo MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) ocuparam supermercados em diversas cidades do país para denunciar a fome, a 16 dias do Natal.
O que aconteceu
A ação de ocupar supermercados ocorre todos os anos e faz parte da campanha "Natal Sem Fome" do MLB. Nos estabelecimentos, os manifestantes exibiam faixas com dizeres como "A fome tem cor e endereço" e "Quem tem fome tem pressa".
O grupo reivindica a doação de cestas básicas e reclama do desperdício de comida. "Nesta época do ano, é comum assistirmos pela TV cenas de mesa farta e presentes nas reuniões familiares. Mas a verdade é que grande parte das famílias brasileiras passará o Natal com fome ou sem a certeza de um prato de comida em todas as refeições", diz o MLB em nota divulgada nas redes sociais.
Lojas do grupo Carrefour foram ocupadas em várias cidades do país. Há registros nas redes sociais de grupos em lojas de São Paulo, Alagoas, Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Goiás, Ceará, Santa Catarina e no Distrito Federal. Segundo os organizadores, a escolha se deve a ocorrência de casos em estabelecimentos da rede, como a morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado por seguranças no estacionamento de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, em 2020.
Empresa diz manter diálogo aberto com lideranças do movimento. Procurado, o Carrefour disse ter sido surpreendido pelas manifestações, "uma vez que este ano não fomos procurados pelo movimento" e afirma ter doado mais de 3.600 toneladas de alimentos em 2023.
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