Morte em questão de horas: o que se sabe sobre família envenenada em GO

A advogada Amanda Partata Mortoza foi presa na noite de quarta-feira (20), em Goiás, suspeita de envenenar e assassinar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86. Eles eram pai e avó do ex-namorado de Partata. A advogada nega as acusações. Veja o que se sabe sobre o caso:

O que aconteceu

A suspeita é de que ambos tenham sido envenenados durante um café da manhã no domingo (17). Na ocasião, a advogada também consumiu os alimentos e passou mal.

As vítimas foram internadas com dores abdominais, vômitos e diarreia. Os dois morreram horas depois. Exame laboratoriais ainda são aguardados para identificar a possível presença de veneno na comida ou no organismo dos três.

Partata foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia (GO). De acordo com a polícia, ela foi internada pela família na quarta-feira (20), depois de ter tentado se matar com medicamentos e acetona.

Qual era a suspeita inicial

A primeira hipótese é de que eles teriam sofrido uma intoxicação alimentar causada por produtos de uma doceria de Goiânia. Os alimentos do café da manhã foram comprados por Partata nessa loja.

A polícia, porém, descartou a hipótese. O delegado Carlos Alfama, que está à frente do caso, disse que o veneno pode ter sido colocado em sucos que foram ingeridos na refeição.

O Procon e a Vigilância Sanitária recolheram amostras na doceria e no empório onde os itens consumidos estavam à venda. Não foram encontradas irregularidades.

Mariana Perdomo, proprietária da Perdomo Doces, disse estar aliviada após a prisão de Partata.

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Em meio a tantos questionamentos e boatos maldosos, corações bondosos e justos permaneceram ao nosso lado, em busca pela verdade. É minha responsabilidade honrar a sua confiança e, mais uma vez, reafirmo o meu firme compromisso com a excelência e, principalmente, com a transparência com cada um de vocês. Juntos nós provamos que a verdade sempre irá prevalecer.
Mariana Perdomo, dona da doceria

Qual foi a motivação

Partata foi namorada do filho de Leonardo. O delegado Carlos Alfama afirma que o crime teria sido motivado por um "sentimento de rejeição" provocado pelo fim do relacionamento.

O namoro durou 45 dias e acabou no dia 10 de agosto. Uma semana após o término, a advogada informou à família do ex sobre uma gestação. Agora, segundo o delegado, ela não está grávida.

Ex-namorado recebia ameaças

O ex-namorado, Leonardo Filho, estaria recebendo ameaças diárias nas redes sociais, em ligações telefônicas e mensagens, segundo a polícia. Já havia uma investigação sobre o caso, que concluiu que as ameaças partiam de perfis falsos criados pela advogada.

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Partata também teria usado uma tecnologia para mascarar o número original do celular do qual ligava e mandava mensagens com ameaças. O número original está registrado no nome do irmão da advogada. Leonardo Filho chegou a bloquear 100 números de telefone.

Suspeita nega

A advogada disse que não é responsável pelas mortes e que "amava a família". A defesa de Partata negou a participação da cliente nas mortes.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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