Rodízio secreto: como é operação que transferiu Beira-Mar e Marcinho VP

Um dia um preso considerado de alta periculosidade acorda e existe toda uma operação para transferi-lo para um presídio em outro estado. Essa é uma definição do rodízio custodiado, realizado pela PPF (Polícia Penal Federal), e que teve como alvo recente Fernandinho Beira-Mar (Luis Fernando da Costa) e Marcinho VP (Márcios dos Santos Nepomuceno).

O que aconteceu

A PPF fez uma operação em 11 de janeiro de rodízio de custodiados, que tinha como alvo pessoas ligadas ao Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, e outras facções.

Ao todo, 11 detidos foram movimentados de cadeias na Operação Próta - iniciativa leva esse nome, que significa "primeiro" em grego, ao fazer referência ao primeiro preso a ser alvo desse rodízio há quase 20 anos — no caso, Fernandinho Beira-Mar.

Operação de transporte exigiu mais de 100 homens da PPF, entre pessoas que participaram da escolta a gente que trabalhou no transporte aéreo dos presos.

A mudança de local de detidos é uma estratégia com o objetivo de desarticular organizações criminosas por meio do rodízio de presos entre penitenciárias federais. Na prática, é evitar que essas pessoas estejam juntas no mesmo local e trabalhem na articulação de soltura de outros prisioneiros e planejem possíveis atentados contra agentes públicos.

Senappen (secretaria que cuida de prisões federais) diz que realiza a operação há 17 anos, e que nesse tempo não houve registro de fuga, rebelião ou entrada de materiais ilícitos. Esta envolvendo membros da facção criminosa do Rio de Janeiro é a primeira feita neste ano.

No caso dos detentos citados, Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP tiveram destinos opostos. O primeiro foi do Mato Grosso do Sul para Rio Grande do Norte, enquanto o segundo foi do Rio Grande do Norte para o Mato Grosso do Sul.

Marcola, considerado líder do PCC, foi alvo de transferência para penitenciária de Brasília em janeiro de 2023
Marcola, considerado líder do PCC, foi alvo de transferência para penitenciária de Brasília em janeiro de 2023 Imagem: Divulgação/PF

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