Operação policial no Rio vazou, e moradores foram alertados por WhatsApp
A operação policial no Rio de Janeiro que deixou ao menos nove mortos e cinco presos nesta terça-feira (27) foi vazada na noite anterior. Moradores receberam alertas em grupos de WhatsApp na véspera. A Polícia Militar e a Civil estiveram em 11 comunidades na zona norte da cidade, entre elas, Complexo da Penha, do Alemão e Maré.
O que aconteceu
Mensagens de alerta na véspera. "Confirmado Penha e Complexo. Vamos ficar atentos e vigilantes. Vamos proteger nossas famílias e nossas crianças", dizia uma mensagem em um grupo de moradores na noite de segunda-feira, por volta das 22h.
'Polícia já sabe que a operação foi vazada'. Já em outro grupo, circulou a mensagem: "Amanhã, infelizmente, deverá ser um dia difícil no Rio. A polícia já sabe que a operação foi vazada, porém a mobilização é muito grande. O clima nesse momento é muito pesado nos dois complexos". Foi enviada às 1h17 da madrugada de terça.
Baleados no Alemão. Pela manhã, moradores do Complexo do Alemão precisaram resgatar baleados em macas improvisadas na rua Canitar, uma das vias principais da comunidade. Eles eram suspeitos, segundo a Polícia Militar, e acabaram morrendo.
Cerca de 600 agentes foram mobilizados nas operações de hoje, que tinha como objetivo ocupar áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV) e prender os chefes do tráfico dessas regiões. Uma fonte da Polícia Militar afirmou ao UOL que o vazamento era esperado, pelo tamanho da operação.
Outras comunidades da zona norte também estiveram no cronograma de ações, como as do Flexal (Inhaúma), Engenho da Rainha, Juramentinho e Ipase (Vicente de Carvalho), Guaporé, Tinta e Quitungo (Brás de Pina e Cordovil).
PM diz que mortos e feridos eram suspeitos. Em nota, a Polícia Militar afirma que todos os baleados eram criminosos e que apreendeu uma série de armas e munições, além de carros e R$ 335 mil em drogas.
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