Rio Acre tem 2ª maior cheia já registrada; quase 10 mil estão desabrigados
O nível do Rio Acre já corresponde à segunda maior enchente já registrada em Rio Branco. Pelo menos 9954 pessoas estão desabrigadas em todo o estado em decorrência das cheias históricas.
O que aconteceu
O nível do Rio Acre chegou a 17,86 metros em Rio Branco na tarde desta terça-feira (5), afirmou a Defesa Civil da capital. O patamar foi batido na noite de segunda, quando o rio chegou a 17,75 metros, superando o segundo maior nível até então registrado em 3 de abril de 2023, informou o governo do estado.
Rio está 3,86 metros acima da cota de transbordo. O maior nível já registrado do Rio Acre se deu em 2015, quando o patamar de 18,40 metros foi atingido.
Pelo menos 19 dos 22 municípios acreanos estão em situação de emergência. As quase 10 mil pessoas desabrigadas estão nas 14 cidades mais críticas. "Ainda há 17.480 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos", apontou o governo do Acre.
Ministros fizeram visita a estado; pelo menos R$ 24 milhões foram liberados, diz Waldez Góes. Ontem, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional afirmou que "todos os 16 planos de ajuda humanitária dos municípios acreanos enviados ao ministério nesses últimos dias já foram aprovados". Ele esteve em Rio Branco com a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudanças do Clima.
No @midregional, todos os 16 planos de ajuda humanitária dos municípios acreanos enviados ao ministério nesses últimos dias já foram aprovados. Com isso, cerca de R$ 24 milhões serão liberados para compra de água, comida, combustível, entre outros itens de primeira necessidade.
-- Waldez Góes (@waldezoficial) March 4, 2024
Probabilidade é que continue chovendo no Acre. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta perigo potencial em todo o estado por chuvas intensas, que podem variar entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia.
Em Roraima, o problema são os incêndios florestais. A seca severa, as temperaturas acima da média e as ações de fazendeiros para limpar terrenos alastraram o fogo na região, fazendo com que a Amazônia brasileira registrasse o maior número de incêndios em um mês de fevereiro desde 1998, quando foi criado o programa de monitoramento de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas e Estatísticas).
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