Conteúdo publicado há 2 meses

Pai, avô e tio são presos suspeitos de estupro de vulnerável contra criança

Três homens foram presos ontem (8) suspeitos de estupro de vulnerável contra uma criança de 9 anos em Careiro da Várzea, cidade de difícil acesso e localizada a 25 quilômetros de Manaus. Os detidos são o pai, avô e tio da vítima.

O que aconteceu

Quarto suspeito fugiu e é procurado. Segundo a Polícia Civil, o quarto envolvido, que seria outro tio da vítima, fugiu assim que as equipes chegaram ao local na sexta-feira (8) para cumprir os mandados de busca e apreensão. As autoridades pedem que a população denuncie esse homem, caso saibam do paradeiro dele. As identidades dos suspeitos não foram divulgadas.

Vítima e suspeitos moravam em uma comunidade ribeirinha afastada no município. Eles viviam na mesma residência, informou a deputada estadual Débora Menezes (PL), que está apoiando as autoridades em operações.

Os estupros ocorriam havia mais de um ano, segundo as investigações. O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga, disse que outra criança residia com os suspeitos e as investigações prosseguem para constatar se ela também foi abusada sexualmente pelo grupo.

Conselho Tutelar do município denunciou o caso à polícia. Além do abuso sexual, segundo Fraga, a vítima também era obrigada a realizar outras atividades de trabalho infantil, incluindo a obrigação de fazer as atividades domésticas, como cuidar da roupa dos investigados.

Arma que estava na posse de um dos presos foi encontrada durante operação. As investigações também pretendem localizar a mãe da vítima e verificar se ela tinha ciência dos crimes.

Os suspeitos responderão por estupro de vulnerável, maus-tratos e trabalho infantil. Eles estão à disposição da Justiça. Como as identidades dos presos não foram divulgadas, a reportagem não conseguiu entrar em contato com as defesas deles para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

É um crime absurdo, uma barbárie, pois se tratam de crianças que foram vítimas da própria família. Ontem efetuamos as prisões do pai, do avô e de um tio, e ainda existe um segundo tio que conseguiu fugir do local. Então é uma resposta da Polícia Civil a essa atrocidade.
Bruno Fraga, delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas

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