Conteúdo publicado há 2 meses

Sequestrador de ônibus no RJ tem prisão preventiva decretada após audiência

Paulo Sérgio de Lima, detido após sequestrar um ônibus na rodoviária Novo Rio, teve prisão em flagrante convertida em preventiva hoje.

O que aconteceu

A prisão foi determinada em audiência de custódia. Paulo Sérgio foi ouvido pela Justiça na tarde de hoje.

Suspeito não deixaria prisão. Mesmo que não tivesse a prisão preventiva decretada hoje, Paulo continuaria preso por um roubo cometido em 2019. Ele chegou a sair da cadeia com tornozeleira eletrônica, mas violou o equipamento, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Seis avisos à Justiça. Após a violação da tornozeleira, o Ministério Público e a Secretaria de Administração Penitenciária pediram à Justiça que Paulo tivesse regressão de pena para semiaberta e voltasse à prisão. O pedido passou quase um ano parado e foi acatado horas após o sequestro.

Preso tem "elevada audácia e destemor", diz Justiça. Uma das justificativas para manter a prisão foi de que Paulo levou "terror e caos" aos passageiros, atirou contra policiais durante as negociações e deixou uma pessoa gravemente ferida.

Relembre o caso

Paulo Sergio sequestrou o ônibus na Rodoviária Novo Rio, no centro do Rio de Janeiro, na tarde de terça-feira (12). Ele se entregou à polícia após cerca de três horas.

Dezesseis pessoas foram feitas reféns pelo homem armado, entre elas, 1 criança e 6 idosos, segundo a Polícia Militar. Inicialmente, a corporação divulgou que eram 18 reféns, mas corrigiu a informação posteriormente. O sequestrador manteve as vítimas no ônibus das 15h, aproximadamente, até às 18h.

Duas pessoas ficaram feridas. Um homem de 34 anos, identificado como o funcionário da Petrobras Bruno Soares, foi ferido por arma de fogo, e passou por cirurgia no Hospital Municipal Souza Aguiar, também no centro. O estado dele é grave, mas estável. Outra pessoa foi atingida por estilhaços e teria sido atendida em ambulatório no próprio terminal. Os dois estavam fora do veículo.

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O ônibus tinha como destino Juiz de Fora, em Minas Gerais. O coletivo era da Viação Sampaio, cuja responsável é o Grupo Guanabara que, em nota, afirmou lamentar o episódio e comunicou a presença de equipe da empresa na rodoviária para prestar apoio aos passageiros afetados pelo ocorrido.

O criminoso tinha passagem pelo crime de roubo e foi conduzido à 4ª DP. Ele tentava fugir do estado após "desavenças com facção criminosa", segundo a PM.

A rodoviária foi reaberta por volta das 19h30 após as operações do local serem suspensas por determinação das autoridades policiais.

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