Conteúdo publicado há 7 meses

Militar do Exército é preso por suspeita de matar garotas de programa no AM

Um militar do Exército foi preso por suspeita de matar pelo menos duas garotas de programa no Amazonas.

O que aconteceu

Makson Oliveira da Costa, 21, foi preso na tarde de ontem. Ele é apontado como autor da morte de Angélica Oliveira Nascimento, 31, e Fabiane Mendes da Silva, 20.

Suspeito usou mesmo modus operandi nas duas vítimas. As duas mulheres trabalhavam como garotas de programa e foram asfixiadas dentro de casa, informou a Polícia Civil do Amazonas. Angélica foi morta em 26 de fevereiro e Fabiane no dia 4 de fevereiro em Manaus.

Militar usava perfil falso para buscar vítimas. Ele se apresentava como "Matheus" nas redes sociais e sempre ia até as vítimas em carros de aplicativo. Dificultando, assim, a investigação.

Suspeito confessou crimes. Ele afirmou que matou Fabiane porque ela queria roubá-lo após um programa e que matou Angélica porque queria levar o celular dela, também após um programa. A polícia acredita que as justificativas sejam desculpas e que as mortes tenham sido motivadas por ódio às mulheres.

Mortes semelhantes são investigadas. Delegados responsáveis pelo caso decidiram manter sigilo sobre o assunto para não comprometer os casos. "A gente adianta que é possível termos outras vítimas desse indivíduo. As investigações não estão finalizadas em torno dele", afirmou o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

O Comando Militar de Área disse que colabora com as investigações. Em nota, a corporação disse que "solidariza-se com os familiares" e que o suspeito encontra-se detido sob custódia na Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS). "Por fim, este Comando Militar de Área repudia e não coaduna com desvio de conduta de nenhum dos seus integrantes, sendo estes reparados na forma da Lei", diz a nota.

Makson não tem defesa constituída, informou o TJAM ao UOL. Ele foi autuado por homicídio qualificado por feminicídio, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.

A situação de roubar celular, de ser roubado, é apenas uma desculpa que ele usa para justificar esse ódio que ele sente, no íntimo dele, dessas mulheres.
Marília Campello, coordenadora do Núcleo de Combate ao Feminicídio da DEHS.

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