Fugitivos voltam para Mossoró; o que mudou na penitenciária? 

Recapturados após 50 dias foragidos da Penitenciária Federal em Mossoró, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento voltaram ao presídio nesta sexta-feira (5).

O que mudou na penitenciária?

O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que a penitenciária foi "totalmente reformulada". "Haverá inspeção diária e a direção foi trocada. De lá, certamente não se evadirão [de novo]", disse Lewandowski em entrevista no Palácio da Justiça, após a captura dos dois fugitivos.

10 mil novas câmeras. Segundo o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, não só a unidade de Mossoró, como as outras quatro prisões federais, passaram por reformas desde a fuga. "Trocamos o sistema de iluminação e 10 mil câmeras foram adquiridas", afirmou o secretário. "O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data [da fuga]."

Muralhas. Em fevereiro, o governo federal também anunciou que vai construir muralhas de proteção em todos os presídios federais na tentativa de evitar novas fugas de detentos. Atualmente, somente a penitenciária federal do Distrito Federal tem muralha de proteção.

Transferência de presos. Ainda em fevereiro, pouco mais de 20 detentos foram transferidos do presídio de Mossoró — entre eles, Fernandinho Beira-Mar, apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho. Na ocasião, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que a movimentação dos presidiários era um "remanejamento" e fazia parte da rotina das penitenciárias federais.

Celas separadas. Retornando à prisão, que agora terá segurança reforçada, os dois criminosos ficarão em celas separadas, garantiu Lewandowski.

Além das mudanças estruturais, foi trocada a direção da unidade prisional de Mossoró. O Ministério da Justiça decidiu dispensar definitivamente Humberto Gleydson Fontinele do cargo de diretor do presídio federal de Mossoró (RN). Ele comandava a prisão no dia da fuga dos dois detentos da unidade.

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