Alerta e Super Tucano: como foi ação da FAB que 'pegou' avião com cocaína
Um vídeo publicado nas redes sociais da FAB (Força Aérea Brasileira) mostra os bastidores da interceptação de uma aeronave em Londrina (PR) nesta semana. O piloto, que transportava pasta base de cocaína, foi preso pela PF (Polícia Federal).
Como foi ação da FAB?
Uma aeronave de modelo Cessna 182, matrícula PT-CPR, ingressou no espaço aéreo brasileiro vinda do Paraguai. Sem plano de voo, o avião chamou a atenção das autoridades e passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aéreas e pela Polícia Federal.
Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano e o avião radar E-99 foram empregados na missão. A FAB compartilhou nas redes sociais um vídeo do momento exato em que os militares são acionados e se preparam para a operação — tudo começa com um aviso sonoro que indica que um dos aviões da frota partirá em missão.
Embora não atinja velocidades supersônicas como alguns caças, o A-29 Super Tucano se diferencia justamente por ser uma aeronave leve de ataque. Além de mísseis e metralhadoras, o avião consegue carregar bombas e equipamentos a laser para reconhecimento e marcação de alvos. Com 11,38 metros de comprimento, a aeronave pesa 5.400 kg e pode atingir a velocidade máxima de 593 km/h.
Já o E-99 é usado em operações de controle e defesa do espaço aéreo nacional para monitorar ameaças em tempo real. A aeronave tem 29,9 metros de comprimento, pesa 24 toneladas e pode chegar à velocidade máxima de 955 km/h.
Inicialmente, seguindo o protocolo desse tipo de missão, é feito um RAD (Reconhecimento à Distância), quando o piloto da aeronave interceptadora capta informações básicas e imagens para a regularização do alvo. Caso necessário, é realizado um procedimento de interrogação, via rádio ou sinais visuais. Posteriormente, pode ser determinada uma mudança de rota ou um pouso forçado.
Então, com a missão em andamento, a aeronave vinda do Paraguai foi classificada como suspeita. Seguindo os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo, os pilotos de defesa aérea identificaram, ainda em voo, que o avião suspeito estava com a matrícula clonada.
Então, o piloto do A-29 determinou que a aeronave fizesse um pouso obrigatório em Londrina — o que não foi cumprido. O avião suspeito fez um pouso forçado em uma pista de terra nas proximidades de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).
Depois disso, a PF assumiu o controle da operação em solo. O piloto foi detido e a carga que transportava apreendida. Segundo o jornal O Globo, o avião carregava 400 kg de cocaína.
Tiro de Aviso. Caso a aeronave suspeita descumprisse as determinações da FAB, as medidas seguintes seriam de intervenção. Ou seja, ela seria submetida ao Tiro de Aviso, a fim de que fossem cumpridas as ordens.
A ação desta semana faz parte da Operação Ostium, ligada ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras. O objetivo é coibir crimes no espaço aéreo brasileiro, em uma operação conjunta entre a FAB e órgão de segurança pública.
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