Polícia lança força-tarefa para derrubar posts falsos sobre chuvas no RS
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul lançou uma força-tarefa para derrubar perfis e posts nas redes sociais que divulgam informações falsas sobre as enchentes no estado.
O que aconteceu
Investigações se dividem em analisar informações falsas que prejudicam o trabalho das autoridades e campanhas de arrecadação de dinheiro ou bens. A informação é da delegada Vanessa Pitrez, diretora do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Campanhas para arrecadação via Pix estão no radar dos policiais. O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), já havia feito um apelo, na semana passada, para que os voluntários ficassem atentos aos golpes por meio desse sistema de transferência.
"A Civil tem empenhado muitos esforços para fazer o trabalho emergencial, de salvamento, resgates, e ainda tem que fazer trabalho extra por pessoas que não estão ajudando e ainda cometem crime atrapalhando quem quer ajudar", desabafa Vanessa ao UOL.
Força-tarefa foi criada há cerca de dez dias. 11 medidas cautelares já foram impostas, entre bloqueio de perfis, retirada de postagens, quebra de sigilo fiscal e bloqueio de conta bancária.
Denúncias vêm de diversas formas, incluindo do governo do RS e por meio de colaboração da Meta, controladora do Facebook e Instagram. Até o momento, a força-tarefa conseguiu derrubar ou bloquear 36 perfis, posts e contas bancárias.
Delegada tem expectativa de pedir mandados de prisão e busca e apreensão, mas depende do funcionamento da Justiça. Nesta terça-feira (14), o Tribunal de Justiça do RS prorrogou a suspensão do expediente presencial do Judiciário e dos serviços judiciais até o próximo dia 31.
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MP-RS fecha parceria com empresa de monitoramento
MP-RS (Ministério Público do RS) também lançou uma frente de trabalho contra golpes nas redes sociais sobre as chuvas no estado. No caso do órgão, a ação é centralizada no combate às transferências fraudulentas via Pix.
Órgão assinou um termo de cooperação com a empresa Offer Technologies para identificar essas publicações.
Depois, a Meta é acionada pelo MP-RS para derrubada dos perfis ou posts. "Também estamos propondo a responsabilização civil por danos morais coletivos daqueles que usam das redes sociais para criar esse tipo de desinformação", disse o procurador-geral de Justiça Alexandre Saltz.
Cooperação com a Offer será gratuita durante 120 dias, podendo ser prorrogada por período semelhante. A parceria foi firmada, segundo o MP-RS, após a própria instituição constatar atos ilícitos e fraudes de criminosos. O órgão diz que já conseguiu remover 30 perfis de sites e redes sociais desde o início da enchente.
Empresa já atuou com a equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo no monitoramento de produtos comercializados durante a pandemia da covid-19.
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