Conteúdo publicado há 7 meses

Guardas civis são forçados a respirar gás lacrimogêneo durante curso em GO

Guardas civis foram forçados a respirar gás lacrimogêneo durante treinamento da corporação em Caldas Novas (GO).

O que aconteceu

Treinamento foi gravado e compartilhado nas redes sociais pelo instrutor do curso. Nas imagens, é possível ver os guardas abraçados em um círculo, enquanto recebem a ordem para "manterem" a posição após o gás ser liberado. O curso de formação foi realizado em Goiânia, na segunda-feira (20), segundo a SSM (Superintendência Municipal de Segurança e Mobilidade) de Caldas Novas.

Pouco tempo após serem expostos ao produto, alguns guardas não suportam e saem da "formação", enquanto outros começam a tossir. O instrutor anda ao redor do círculo e é possível ouvir palavras de ordem como "mantém", "segura" e "padrão".

Ministério Público de Goiás vai investigar o caso. Em nota, o órgão disse ter encaminhado denúncia para a 5º Promotoria de Justiça de Caldas. O MPGO ressaltou que a investigação vai apurar os fatos e, eventualmente, adotar "providências cabíveis" se ficar comprovada irregularidades ou danos à saúde dos guardas.

Prefeitura de Caldas Novas defendeu o treinamento, afirmou ser uma prática "comum" e que não trouxe riscos à integridade dos servidores. "[O curso segue] rigorosamente os padrões de segurança estabelecidos e é uma prática comum em treinamentos de forças de segurança em todo o mundo".

O gás lacrimogêneo não é potencialmente letal ao ser humano, entretanto, causa forte irritação às vias aéreas e aos olhos. O produto é comumente usado para repelir multidões durante manifestações e grandes eventos.

Veja a íntegra da nota da Prefeitura de Caldas Novas:

A Superintendência Municipal de Segurança e Mobilidade - SSM, por meio da Guarda Municipal de Caldas Novas, em razão de alguns questionamentos sobre a "utilização de gás lacrimogêneo em treinamento", vem a público esclarecer que:

  1. O treinamento com gás lacrimogêneo segue rigorosamente os padrões de segurança estabelecidos, e é uma prática comum em treinamentos de forças de segurança em todo o Mundo. Asseguramos, portanto, que o procedimento em questão, não colocou em risco a integridade física dos servidores públicos, sendo uma etapa importante na preparação para situações reais de campo.
  2. Ademais, enfatizamos que não houve qualquer relato de intercorrências ou complicações decorrentes do treinamento. A saúde e o bem-estar dos nossos agentes são de absoluta prioridade para a instituição, e todas as medidas preventivas são tomadas visando garantir um ambiente de treinamento seguro e controlado."

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