Advogado criminalista é morto a tiros em MG; OAB fala em 'execução'
Um advogado criminalista foi morto a tiros nesta segunda-feira (27) perto do fórum da cidade de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A OAB-MG (Ordem dos Advogados - Seção Minas Gerais) fala em "execução".
O que aconteceu
A vítima é Pedro Cassimiro Queiroz Mendonça. Ele foi baleado em uma rua a cerca de 200 metros do fórum da cidade. De acordo com Sérgio Leonardo, presidente da OAB-MG, 23 tiros foram disparados contra a vítima.
Autoria e motivação do crime ainda são desconhecidas. Segundo a Polícia Militar, agentes estão no local e a perícia já foi acionada para coletar vestígios do crime.
Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) da Subseção de Ibirité lamentou a morte do defensor. A seccional também afirmou que acompanhará o caso junto aos familiares de Mendonça, prestando os auxílios que forem necessários. "Que Deus o acolha e conforte seus amigos e familiares. A OAB Subseção Ibirité presta condolências e solidariedade neste momento de dor", finaliza o texto.
A Polícia Civil foi procurada pela reportagem, mas ainda não retornou. O texto será atualizado tão logo haja manifestação.
OAB-MG fala em 'execução'
Presidente da OAB-MG disse repudiar "mais um ataque à advocacia". Sérgio Leonardo relembrou que na última semana o ex-delegado e advogado Hudson Maldonado, de 86 anos, morreu após ser atingido por facadas e queimado vivo em Sete Lagoas (MG). O suspeito de matar o defensor foi preso e disse que não tinha a intenção de cometer o crime, acrescentando que agiu para se vingar do idoso por um processo disciplinar movido contra ele em 2006.
"Advogado foi literalmente executado à luz do dia", diz presidente da OAB-MG sobre o assassinato de Mendonça. Para Sérgio Leonardo, a situação causa "indignação" e "revolta". A subseção no estado abrirá uma comissão para acompanhar o caso.
A advocacia não pode ser calada nem com fogo, nem com arma de fogo. Nós somos a voz que representa a cidadania neste país. Nós não podemos ser calados e mortos em decorrência do exercício da nossa profissão. Nós não podemos admitir que isso continue.
Sérgio Leonardo, presidente da OAB-MG
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