Conteúdo publicado há 5 meses

Dois terremotos acontecem em 11 minutos em MG; tremor é sentido em SP

Dois terremotos foram registrados na manhã desta terça-feira (18) em Frutal, no Triângulo Mineiro. Os tremores tiveram magnitude de 3,2 e 4 na escala Richter.

O que aconteceu

Os terremotos aconteceram às 10h08, com magnitude 4, e às 10h19, com 3,2. Os abalos sísmicos foram registrados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira e analisados pelo Centro de Sismologia da USP.

Os tremores foram sentidos na região de São José do Rio Preto (SP), segundo a Defesa Civil de São Paulo. Os abalos foram registrados a mais de 1.300 km de distância do epicentro do terremoto. A região Sudeste, em especial os estados de Minas Gerais e o interior de São Paulo, são áreas onde pequenos tremores são recorrentes, explicou o Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo).

Não houve feridos ou intercorrências, segundo a Prefeitura de Frutal. A administração recomendou que os moradores, "caso ocorram novos tremores, mantenham a calma, procurem espaços abertos, longe de estruturas, como casas, prédios, outdoors e árvores." Se a população notar o surgimento de rachaduras ou outros danos estruturais significativos, a recomendação é entrar em contato com a Defesa Civil através do número 199.

Um dos terremotos foi o mais forte já registrado na cidade. Desde 2015, já foram registrados 22 pequenos tremores em Frutal, sendo este de 4 o maior deles, segundo o sismólogo Bruno Collaço. Desde abril de 2023, houve uma sequência de tremores nessa região, mas sempre com magnitude menores que 3. O especialista acrescentou que em praticamente todas as semanas ocorrem terremotos de magnitudes 2 e 3 em algum lugar do Brasil. Já os sismos de magnitude 4 ocorrem, em média, duas vezes por ano.

Tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil e é pouco provável que causem grandes transtornos. Os pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre. "O tremor que as pessoas sentem é resultado de uma movimentação repentina em alguma falha ou fratura, que 'escorrega' por causa das pressões geológicas", esclareceu o Centro de Sismologia da USP.

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