Conteúdo publicado há 26 dias

Caso 'brigadeirão': Seis pessoas são indiciadas após morte de empresário

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou seis pessoas após a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, em maio, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

Júlia Cathermol, namorada do empresário, foi indiciada pelos seguintes crimes: homicídio por motivo torpe com uso de veneno e traição; apropriação de bens de Ormond; venda das armas dele; estelionato; associação criminosa; fraude processual; falsidade ideológica; e uso de documento falso.

Suyany Breschak, que teria arquitetado o crime com Júlia, também foi indiciada. Ela responderá pelos mesmos crimes de Júlia, exceto uso de documento falso.

Leandro Jean Rodrigues Cantanhede, namorado de Suyany, e Victor Ernesto de Souza Chaffin, amigo dele, foram indiciados por: receptação, venda de armas, associação criminosa e fraude processual.

Já Geovani Tavares Gonçalves e Michael Graça Soares foram indiciados pela compra das armas do empresário morto, já com numeração raspada.

O advogado Etevaldo Tedeschi, que representa Suyany, disse que o relatório "constata" que ela não arquitetou o crime. "Havendo sido indiciada por ter concorrido pela prática criminal, o que também restará provado que ela não concorreu para o homicídio, nem para os outros crimes apontados ali".

Porém, a Polícia Civil cita que Suyany e Júlia teriam arquitetado o crime. "A apropriação indevida dos bens da vítima integraria o plano criminoso, arquitetado por Suyany Breschak e Júlia Andrade Cathermol Pimenta, desde o seu nascedouro", diz um trecho.

O UOL tenta contato com a defesa dos outros indiciados. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Entenda o caso

Luiz Marcelo foi encontrado morto no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia. Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), o empresário morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva, mas a polícia suspeita de envenenamento.

Continua após a publicidade

O empresário havia sido visto pela última vez em 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz Marcelo e Júlia deixaram a piscina e entraram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato e ela, uma cerveja. Em determinado momento, eles se beijaram.

Conselheira espiritual de Júlia foi detida em Cabo Frio (RJ). Suyany Breschak, que diz ser "cigana", contou à polícia que Júlia matou Luiz Marcelo com um brigadeirão envenenado. Ela, que também teria ajudado Júlia a vender alguns bens da vítima, ainda acusou a suspeita de ser garota de programa e manter um relacionamento com outro homem, além de Luiz Marcelo.

Deixe seu comentário

Só para assinantes