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Kennedy Alencar

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Ata do BC faz terrorismo monetário e fiscal pra acuar Lula e Haddad

O colunista do UOL Kennedy Alencar afirmou no Análise da Notícia desta quarta (7) que o Banco Central provoca terrorismo monetário e fiscal com objetivo de acuar o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao dizer que não hesitará em elevar a taxa de juros.

O resultado concreto é que isso é um baita de um terrorismo monetário e um terrorismo fiscal. Isso interdita o debate. É uma maneira de querer enquadrar e acuar o Lula e o Haddad, no seguinte sentido: "Não falem do Banco Central, não falem mais da taxa de juros."

Kennedy lembra que o governo anunciou recentemente medidas de ajuste fiscal a pedido do Banco Central e do mercado.

O governo acabou de anunciar medidas de ajuste fiscal, e toma uma ata dessa pela cara. O governo acabou de atender o que o Banco Central estava cobrando, o que o Campos Neto estava cobrando, o que o mercado estava cobrando. Outra coisa, os juros são despesas, são gastos, os juros são dinheiro que a União paga para rolar a sua dívida. O déficit público brasileiro se agrava com uma Selic mais alta, ela agrava, ela aumenta a dívida pública, dificulta a economia que o governo precisa fazer do ponto de vista fiscal, então esse debate precisa ser feito, esse debate no Brasil não é feito, é como se esse fosse um dinheiro sagrado, que você tem que tirar do orçamento, do bolso de todos os brasileiros, para pagar a dívida pública, como se não importasse.

Kennedy destacou que os quatro diretores indicados pelo presidente Lula votaram com os cinco indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para formar unanimidade e passar a imagem de um Banco Central unido.

O Copom tem quatro diretores indicados pelo Lula e cinco indicados pelo Bolsonaro. Agora tem uma independência do Banco Central. O presidente não controla mais a política monetária, não é mais o governo federal que tem esse controle diretamente, é o Banco Central que assumiu esse poder. O executivo não tem mais esse poder de controlar a política monetária. E aí, todos eles foram na mesma linha. Isso pode sinalizar, que os quatro do Lula viram que iam perder de cinco a quatro, e acharam melhor sinalizar unanimidade, porque essa coisa vai mudar no ano que vem quando vier o novo presidente do Banco Central e tudo indica que será o Galípolo, que é o preferido, o favorito até agora, lá no Planalto as informações caminham nesse sentido. Kennedy Alencar, colunista do UOL.

O Análise da Notícia vai ao ar às terças e quartas, às 13h e às 14h30.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja abaixo o programa na íntegra:

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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