Conteúdo publicado há 1 mês

Corpo de mulher que desapareceu em naufrágio no litoral de SP é encontrado

O corpo de uma das duas mulheres que desapareceram após uma embarcação de pequeno porte naufragar em São Vicente (SP) foi encontrado nesta quarta-feira (2).

O que aconteceu

A vítima foi identificada como Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos. O corpo foi reconhecido pela família. As informações são do GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimo). Barco naufragou com sete pessoas a bordo.

Corpo estava perto do Emissário Submarino de Santos. Naufrágio ocorreu em um ponto conhecido como "Garganta do Diabo", na noite do domingo (29). Local é conhecido por esse nome devido às águas revoltas e à alta incidência de acidentes na região. O ponto em que a embarcação afundou fica entre a Ilha Porchat e a Praia de Paranapuã, em São Vicente.

Buscas estão sendo realizadas por equipes do Corpo de Bombeiros e também pela Marinha do Brasil. A outra pessoa desaparecida é Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos. Ela havia ido para uma festa na lancha com duas amigas e publicou imagens na embarcação nas redes sociais.

Cinco pessoas, incluindo o piloto, foram resgatadas vivas. Quatro precisaram de atendimento médico e um recursou o auxílio. Eles receberam os primeiros socorros do Corpo de Bombeiros e, em seguida, foram encaminhados ao Pronto-Socorro Central de São Vicente em uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Sobrevivente sobre naufrágio: 'Ninguém estava com colete'

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A Marinha do Brasil investiga se o barco La Linda estava em situação regular de navegação. Segundo a CPS (Capitania dos Portos de São Paulo), com a perda da documentação durante o naufrágio não foi possível confirmar a identificação e as características do barco. Um inquérito administrativo foi instaurado a fim de identificar as possíveis causas e apurar responsabilidades.

O naufrágio lançou os sete ocupantes do barco ao mar. As vítimas retornavam de uma festa a bordo de uma lancha maior.

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Uma das sobreviventes, a estudante Camila Alves, de 20 anos, disse em vídeo postado em sua rede social que os ocupantes do barco não usavam coletes. "Na hora que o barco virou, ninguém estava com colete. E nenhuma das meninas sabia nadar", relatou. "Eu não sei nadar. A Bia (Beatriz, a mulher desaparecida) e a Vanessa (Audrey, sobrevivente) não sabiam nadar. Quando o barco virou, o barco tinha três coletes e dois galões de gasolina. Todo mundo se agarrou e cada um tentou salvar a sua vida", disse.

Camila contou que, para sobreviver, tentou se jogar sobre as pedras e se agarrar em um rochedo. Ela sofreu vários ferimentos, inclusive um corte mais profundo na cabeça. Contou ainda que engoliu muita água e que os coletes e os galões ajudaram a flutuar.

Investigações

A informação prestada pelo condutor da embarcação é de que o barco estaria cadastrado com o nome "La Linda", possuindo seis metros de comprimento. O casco foi construído em alumínio, mas, segundo a Marinha, ainda não foi possível determinar a sua capacidade. A CPSP pode determinar que o proprietário ou a empresa responsável faça o resgate da embarcação para perícia.

O naufrágio será apurado também pela Polícia Civil. Até ontem os envolvidos não tinham sido ouvidos. Um dos pontos a ser apurado é se o barco oferecia condições de segurança aos seus ocupantes. O local onde ocorreu o naufrágio é considerado crítico para navegação.

*Com Estadão Conteúdo

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