Conteúdo publicado há 7 meses

Chacina de Unaí: Justiça condena réus a ressarcirem União em R$ 30 milhões

A Justiça Federal de MG condenou os autores e mandantes da chacina de Unaí a ressarcirem a União em cerca de R$ 30 milhões pelos benefícios pagos aos familiares dos quatro servidores públicos assassinados. A condenação foi publicada em agosto, mas divulgada pela AGU (Advocacia-Geral da União) nesta terça-feira (15).

O que aconteceu

O juízo da Subseção Judiciária de Unaí julgou procedente o pedido contra. A União forneceu auxílios e bolsas especiais aos dependentes legais dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego mortos durante ação fiscal (três auditores fiscais do Trabalho e um motorista).

Também deverão ser restituídos valores referentes a pensões por morte pagos aos dependentes das vítimas. Os réus ainda foram condenados ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% do valor total da condenação.

"As condutas dos requeridos causaram um dano não só às famílias dos servidores assassinados, mas também à Previdência", escreveu o juiz André Dias Irigon. "Bem como à União, que pagou valores indenizatórios, antecipando-se às ações a serem movidas pelas famílias contra o próprio Estado, pedindo reparação dos danos", acrescentou.

O UOL não conseguiu localizar a defesa dos réus. O espaço segue aberto para manifestação.

O crime

Morte ocorreu durante ação fiscal. Os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira realizavam uma fiscalização rural de rotina em fazendas de feijão quando foram atacados em 28 de janeiro de 2004.

O motorista Oliveira, mesmo baleado, conseguiu fugir do local com o carro e foi socorrido. Levado até o Hospital de Base de Brasília, não resistiu e faleceu. Antes de morrer, descreveu uma emboscada: um automóvel parou o carro da equipe e homens fortemente armados desceram e cometeram um massacre. Os auditores fiscais morreram na hora.

O ex-prefeito Antério e o irmão Norberto Mânica foram apontados pela PF como os mandantes seis meses depois. Os pistoleiros foram identificados como Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda.

Continua após a publicidade

Acusado de contratar os matadores, Francisco Élder Pinheiro (conhecido como Chico Pinheiro) morreu em 2013 sem ser julgado. Já Humberto Ribeiro dos Santos, que ajudou a sumir com as provas do crime, teve a pena prescrita.

Os empresários cerealistas Hugo Alves Pimenta foi condenado e José Alberto de Castro foram acusados de orquestrar o crime. O inquérito apontou que a motivação do crime foi o incômodo provocado pelas multas impostas à família de fazendeiros.

4 comentários

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Brunno Cesar de Paula Santos

Vão pagar? Nunca,  os bens que tinham já sumiu, neste país os dois lados são pilastra, tanto os assassinos quanto o MT, por isso gasto tudo que ganho e não faço patrimônio, nunca vão tirar 1 centavo de mim.

Denunciar

Teobaldo Alberto Wilsmann

Decisão inédita

Denunciar

Mauro de Souza Lima

E o Agro é Pop. kkkkkkkkk

Denunciar