Ex-marido é preso suspeito de matar professora com coxinha envenenada em AL
A Polícia Civil de Alagoas prendeu nesta quarta-feira (16) um homem suspeito de matar a ex-esposa com uma coxinha envenenada em São Brás.
O que aconteceu
O suspeito, ex-marido da vítima e de 40 anos, foi encontrado nesta manhã na casa de uma tia. O delegado Rômulo Andrade explicou ao UOL que a prisão foi cautelar, ''para garantir a integridade das investigações e para que ele não fugisse''.
Joyce Alves dos Santos Silva Cirino, 36, passou mal após comer a coxinha e chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Ela foi encaminhada pelo próprio marido para uma Unidade de Pronto Atendimento na cidade de Porto Real do Colégio, onde morreu no dia 9 de outubro. O salgado também teria sido oferecido ao filho dela, mas o adolescente não comeu.
Polícia foi acionada pela equipe médica, que suspeitou que a causa da morte fosse envenenamento. Os investigadores colheram amostras de alimentos na casa da vítima para serem periciadas. Também foram realizados exames no corpo da professora para constatar a presença de veneno. Resultados devem ser concluídos até sexta-feira (11).
Em depoimento, ex-marido negou que tenha envenenado Joyce. Segundo o delegado, também já foram ouvidas "diversas pessoas", inclusive familiares da professora. "Nós deixamos nosso compromisso de que tudo será esclarecido o mais breve possível", declarou Andrade.
Polícia informou que os dois estavam em processo de separação há meses. ''O relacionamento era abusivo e marcado por violências moral, física, psicológica e patrimonial'', contou Andrade. Além disso, homem tinha muitas crises de ciúmes.
Vítima teria avisado irmã
Irmã afirma que Joyce já havia alertado que temia ser envenenada pelo ex-marido. "Existem fotos e áudios dela em que ela me informava: 'Luana, se eu passar mal, foi ele quem me deu isso para comer'. [...] Graças a Deus o menino não comeu", declarou Maria Luana Alves ao AL2, da TV Gazeta, afiliada da Globo em Alagoas.
Luana contou que a Joyce também sofria violência doméstica. "Ela sofreu todos os tipos de violência doméstica inclusa na Lei Maria da Penha. A gente quer que a Justiça seja feita de todas as formas", completou.
Como o suspeito não teve a identidade divulgada, o UOL não conseguiu localizar sua defesa para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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