Conteúdo publicado há 2 meses

'Maníaco do carro': MPSP denuncia homem que atacou 7 mulheres em São Paulo

O MPSP denunciou, nesta terça-feira (22), o homem que ficou conhecido como "maníaco do carro" após atacar pelo menos sete mulheres em setembro, no bairro da Mooca, capital paulista.

O que aconteceu

Solirano de Araújo Sousa pode responder por extorsões, sendo uma delas praticada com uso de uma faca. A promotora Claudia Aparecida Jeck Garcia Nunes de Souza também requereu a prisão preventiva do homem, que está foragido.

A família do suspeito vive em São Paulo. Ele é natural do Piauí, mas o único contato que ele tinha no estado era o do pai, já falecido, segundo os policiais.

A esposa de Solirano informou que ele faz uso de drogas, mas não é violento. Em depoimento à polícia, ela afirmou que, após ver os vídeos divulgados pela imprensa, reconheceu Solirano como sendo a pessoa que aparece nas imagens, assim como o veículo Fiat Uno de propriedade dele.

Ela revelou ainda que no dia 14 de setembro encontrou com o marido pessoalmente, na casa da mãe dele. Após a mulher mostrar os vídeos em que ele aparecia atacando mulheres, o homem teria dito "que tentou pegar uma moça para que ela fizesse transferências Pix com o celular". As informações constam no inquérito da polícia.

O carro de Solirano foi encontrado pela polícia no dia 18 de setembro. O veículo estava abandonado na rua Professor Walter Ney, no bairro Parque São Lucas. Dentro do carro, os policiais encontraram roupas, objetos do investigado, uma faca e uma chave de fenda própria para retirar os parafusos das placas do veículo.

Polícia não acredita que o homem tenha sido vítima do "tribunal do crime do PCC". Comentários sobre uma suposta ação do PCC para "vingar" as vítimas do suspeito Solirano de Araújo Sousa circulam nas redes sociais. A facção teria encontrado o suspeito antes da polícia e o sentenciado à morte no "tribunal do crime". Crimes sexuais, como estupro, são repudiados pela "cartilha do crime" do PCC com pena de morte.

A promotora explicou que a denúncia não levou em consideração supostos crimes sexuais pela "ausência de notícias dadas pelas mulheres nesse sentido", segundo nota divulgada pelo MP-SP.

Maníaco agia da mesma forma

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O Maníaco do Carro agia sempre da mesma forma. Ele ficava perto do seu veículo à espera das vítimas em ruas da Mooca, zona leste. Em seguida, com o uso de uma faca ou chave de fenda, ele tentava agarrar as vítimas e levá-las para dentro do seu veículo.

Sete vítimas registraram boletins de ocorrência contra o homem. Todos os casos ocorreram na zona leste da capital paulista.

Inicialmente, a polícia acreditava se tratar de um caso isolado de roubo tentado. Porém, após a repercussão das imagens nas redes sociais, mais mulheres procuraram a polícia para contar o que havia acontecido. O "maníaco" foi reconhecido por foto pelas vítimas.

Adolescente foi a primeira a denunciar maníaco. No primeiro caso que a polícia tomou conhecimento, uma jovem de 16 anos relatou o ataque em frente a uma escola na rua Manuel Onha, na Vila Oratório, zona leste. Na ocasião, ela disse que foi abordada no dia 13 de setembro por um homem que anunciou um "roubo" e a ameaçou. Contudo, a vítima conseguiu escapar e correr.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Caso tenha informações sobre o suspeito em questão, também há a possibilidade de contato pelo 181 — Disque Denúncia da polícia que não exige identificação.

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Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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