Sakamoto: Derrite tenta acusar quando deveria explicar morte de menino

O secretário de Segurança Pública do Governo de São Paulo, Guilherme Derrite, acusa opositores de "vitimismo barato" ao invés de explicar a morte de uma criança de 4 anos provocada pela ação da Polícia Militar de SP, analisou o colunista Leonardo Sakamoto ao UOL News desta quinta-feira (7).

Ryan da Silva Andrade Santos e o adolescente Gregory Ribeiro Vasconcelos, de 17, foram mortos em Santos na terça-feira (5). A PM alega que estava apenas se defendendo do ataque de suspeitos durante um patrulhamento, mas moradores contestam a versão e negam o confronto.

Derrite foi questionado pela codeputada estadual Paula Nunes (PSOL), da Bancada Feminista, sobre o caso. Ele respondeu que a deputada fazia "vitimismo barato" e que usava a morte da criança como "palanque político". O secretário se negou a falar sobre a ocorrência e defendeu a versão da PM.

Para Sakamoto, a política estadual de segurança pública tem focado pouco em ações de inteligência e muito na letalidade policial.

A cúpula da segurança tem que instituir uma política que use inteligência, que use técnica, que use investigação, que não use a porrada como primeira alternativa. O que a gente tem visto na política estadual desde que assumiu o secretário Guilherme Derrite na Segurança Pública é a redução da importância das câmeras corporais nas fardas, o que é útil para a investigação de ações policiais, e um aumento da política do quebra e arrebenta, que a gente vê na Operação Escudo e na Operação Verão.

O secretário é um homem inteligente. Ele fez, na verdade, um twist retórico. Ao invés de se explicar, ele exigiu que a deputada se explicasse: 'A senhora que está acusando, é que precisa provar'. Ele tentou fugir da resposta acusando a deputada. Tenta acusar na hora em que é acusado. Ele é que tem que se explicar, porque esse sangue da criança, hoje, está na mão da Polícia Militar.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Josias: Bolsonaro faz aceno para Moraes ao falar de Temer como vice

Jair Bolsonaro manda um recado direto a Alexandre de Moraes ao citar a possibilidade de ter Michel Temer como seu vice em uma hipotética chapa para a disputa presidencial de 2026, disse o colunista Josias de Souza mais cedo ao UOL News.

O objetivo do Bolsonaro é muito claro. Moraes é muito amigo do Temer. Então, quando Bolsonaro diz 'se eu fosse candidato, o Temer seria uma hipótese de vice' e a admite, ele está fazendo um aceno para Moraes: 'Olha como sou bonzinho e contemporizador; posso colocar como vice um amigo seu'.

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Temer é um político das antigas, daqueles tecelões que articulam nos bastidores. O estilo é a antítese de tudo o que é representado pelo Bolsonaro em termos de política. Bolsonaro é de chutar o balde; Temer, de costurar nos bastidores.
Josias de Souza, colunista do UOL

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Jamil: Trump pode pressionar Brasil para articular extrema direita mundial

Caso Donald Trump ponha em prática sua intenção de articular a extrema direita mundial em seu retorno à Casa Branca e inclua Jair Bolsonaro nesse plano, o Brasil ficará sob pressão, afirmou o colunista Jamil Chade no UOL News.

Trump só vai ajudar [Bolsonaro] se ganhar alguma coisa com isso. Já vimos isso no primeiro mandato dele e ao longo de sua carreira política e empresarial. Ele não faz nada por solidariedade; a questão é se isso se reverterá em algum tipo de benefício para ele ou para seu movimento de ultradireita.

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Trump não é conservador e nem um político de direita, como são Angela Merkel [ex-chanceler da Alemanha] e Emmanuel Macron [presidente da França]. Sabemos que há nos planos dos conselheiros de Trump uma intenção absolutamente clara de fortalecer a extrema direita mundial e de colocar a Casa Branca como epicentro dessa coordenação.

Portanto, se houver algum tipo de interesse por parte de Trump para um fortalecimento da extrema direita no Brasil passando por Bolsonaro, não descarto de forma alguma que haja algum tipo de pressão sobre o Brasil.
Jamil Chade, colunista do UOL

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Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

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