Linhas vão parar? O que acontece após Nunes romper com Transwolff e UPBus
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A Prefeitura de São Paulo anunciou na quarta-feira (29) que irá substituir as concessionárias de ônibus Transwolff e UPBus na cidade após o fim dos respectivos contratos. Porém, segundo o município, isso não afetará a população.
O que aconteceu
A intervenção feita pela prefeitura na gestão das linhas operadas pelas concessionárias continuará. Com isso, o serviço seguirá sendo prestado.
As concessionárias operam 155 linhas na capital paulista. A Transwolff opera em 142 linhas, conta com 1.146 veículos e transporta cerca de 583 mil passageiros diariamente. Já a UPBus atende a 73 mil passageiros todos os dias, com 158 ônibus presentes em 13 linhas.
O pagamento aos funcionários e fornecedores também está garantido, segundo o município. Por meio de nota, a gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que apresentará as "providências necessárias à manutenção do atendimento integral da população".
A prefeitura disse que a substituição será feita após as defesas apresentadas pelas concessionárias não terem sido acolhidas. Em dezembro do ano passado, o município abriu um processo para romper com as empresas.
Investigação do MPSP. Em abril de 2024, o Ministério Público de São Paulo deflagrou a Operação Fim da Linha contra os presidentes das empresas, que culminou na prisão de seis pessoas. A suspeita é de que eles têm relação com o PCC. Por isso, a SPTrans passou a administrar as linhas operadas pela Transwolff e UPBus.
Denúncia do MPSP diz que Transwolff lavou R$ 54 milhões vindos das atividades criminosas da facção. O dinheiro teria sido convertido em ativos lícitos e utilizados na atividade econômica da empresa, para aumentar o capital social, habilitá-la e capacitá-la para a licitação da prestação do serviço de transporte público urbano na cidade.
'Decisão arbitrária', diz empresa
A Transwolff classificou a decisão da Prefeitura de São Paulo como "arbitrária". "Medida tomada em total descompromisso com os princípios fundamentais do Direito", diz um trecho da nota.
O comunicado critica o procedimento instaurado pelo município e diz que a suposta relação com o PCC não foi comprovada. "A decisão ilegal da Prefeitura será contestada judicialmente. Confia-se no Poder Judiciário para restabelecer a legalidade e verdade dos fatos".
O UOL também tenta contato com a UPBus. O espaço segue aberto para manifestação.
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