Casal acusado de matar família com arroz envenenado no Piauí vira réu
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A Justiça do Piauí tornou réu o casal acusado de matar oito pessoas, sendo cinco da mesma família, com arroz envenenado em Parnaíba, no litoral piauiense.
O que aconteceu
A 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba recebeu ontem a denúncia do MP-PI. O promotor Silas Sereno Lopes denunciou Maria dos Aflitos da Silva e Francisco de Assis Pereira da Costa por oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio qualificado.
O UOL tenta localizar a defesa do casal. O espaço está aberto para manifestação.
Cinco pessoas da mesma família morreram após comerem o arroz envenenado em 1º de janeiro. Em 24 de janeiro, uma vizinha da família também morreu.
A família já havia passado por um caso semelhante em agosto de 2024. Duas crianças morreram após serem envenenadas. Outra vizinha da família havia sido presa por suspeita do crime, mas foi libertada após a polícia também relacionar o casal com esse caso.
Motivação
Francisco, 53, se relacionava com Maria dos Aflitos, 52, que é mãe e avó de sete vítimas. O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que os dois "queriam se livrar" da família.
Desprezo e ódio pelos enteados são apontados pela polícia como a principal motivação. Durante os depoimentos, Francisco teria descrito Francisca, uma das vítimas e filha de Maria, com termos depreciativos como "boba", "matuta" e "inútil". Ele também chamou os filhos de sua esposa de "primatas" e demonstrou incômodo constante com a presença deles
Suspeito tinha uma profunda admiração pelo nazismo. Conforme revelou o colunista do UOL Carlos Madeiro, polícia descobriu vídeos e livros de nazismo em uma casa que só ele tinha acesso, segundo o delegado Abimael Silva.
Maria foi presa após a morte da vizinha, Maria Jocilene da Silva, 41. O objetivo era simular o suicídio da vizinha com o mesmo veneno para incriminá-la e tirar Francisco da cadeia.
Porém, Maria "se incriminou" assim que os policiais chegaram na cena do crime. Segundo o delegado, ela disse categoricamente que "não foi envenenamento, foi um infarto". "Isso levantou suspeita de imediato, e aqui ela confessou", diz Abimael.
O delegado também afirmou que Maria dos Aflitos e Maria Jocilene mantinham um relacionamento amoroso. Francisco teria ciência da relação das duas.
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