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Luiza Trajano entra em campanha para promover candidaturas femininas

Gabriela Sá Pessoa

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 13h57

Presidido pela empresária Luiza Trajano, o grupo Mulheres do Brasil irá divulgar as candidaturas mulheres que disputam as eleições deste ano e que estão alinhadas com uma carta de compromissos defendidos pelo coletivo.

Em conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira (10), a empresária, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, afirmou que nos próximos dias irá gravar vídeos para promover a iniciativa. A ideia, diz Trajano, é dar exposição às candidatas começando pela rede do grupo.

"Neste primeiro momento, o que vamos oferecer é [elas] serem divulgadas na nossa rede com mulheres que se comprometem com o Brasil", afirmou a empresária, que pretende gravar vídeos com o intuito de levar sua audiência para a página do Mulheres do Brasil.

O grupo informa que há ao menos 70 mil mulheres associadas. Ao se tornar signatária dos compromissos, a candidata tem seus dados divulgados no site da iniciativa. Criado em 2013, o Mulheres do Brasil propõe engajamento suprapartidário da sociedade civil para refletir sobre os problemas do país, priorizando a participação das mulheres.

A organização promove pesquisas sobre a participação das mulheres em partidos políticos e advoga pela manutenção de cota de participação feminina nas eleições. Em 2019, lançou o aplicativo APPartidárias, para projetar a candidatura de mulheres.

Até agora, 194 candidatas de 27 partidos assinaram a carta de compromisso e há outras 344 ainda sob análise. No site, é possível consultar cada uma das signatárias por cidade e por partido.

Ao subscrever o documento, a candidata afirma estar de acordo com uma lista de nove valores, como defesa dos direitos humanos e da democracia; luta contra discriminação e apoio a ações afirmativas; defesa de igualdade de oportunidades, sustentabilidade e da saúde e educação públicas. Para Luiza Trajano, são valores básicos: "Se um cidadão não lutar por essas seis coisas, não entendo o que é ser político num país democrático".

Na conversa, a empresária demonstrou otimismo com a eleição de Kamala Harris à vice-presidência dos Estados Unidos — para ela, trata-se de um feito que abre portas para outras mulheres.

"Acho que para nós, mulheres, é uma coisa muito boa. Não foi só para mim, foi geral. A primeira mulher vice-presidente e ainda uma mulher negra, uma mulher que não é do país [Harris é filha de imigrantes]. Quem prega união, quer isso."