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Covas acusa "desespero de Russomanno" e critica censura ao Datafolha

11 nov.2020 - Candidato à Prefeitura de SP Bruno Covas (PSDB) participou do debate UOL/Folha - Mariana Pekin/UOL
11 nov.2020 - Candidato à Prefeitura de SP Bruno Covas (PSDB) participou do debate UOL/Folha Imagem: Mariana Pekin/UOL

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

11/11/2020 12h54

Candidato à reeleição, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), elogiou o formato do debate de hoje realizado pelo UOL e Folha de S.Paulo. Ele criticou o pedido de censura feito por Celso Russomanno (Republicanos) contra a última pesquisa Datafolha de intenções de voto e acusou "desespero" do rival, segundo quem Covas não defende os interesses de São Paulo em Brasília.

Ao deixar o debate, o prefeito afirmou que o formato do programa, apenas com quatro candidatos e pouca limitação de tempo foi "excelente".

"Não foi engessado, pudemos aprofundar as propostas", afirmou ao UOL antes de criticar o pedido de censura feito por Russomanno contra o Datafolha e aceito pela Justiça.

Segundo Covas, o pedido refletiria a impopularidade de Russomanno, que vem caindo nas pesquisas de intenção de votos. "Achei estranho porque quando ele liderava [as pesquisas] ele não mencionava o problema", disparou.

Na última pesquisa Ibope, divulgada na segunda-feira (9), Bruno Covas (PSDB) lidera com 32%, seguido de Boulos (13%), Russomanno (12%) e Márcio França (PSB) (10%). A margem de erro é de três pontos percentuais.

"Desespero"

Covas falou em "desespero" de Russomanno ao acusá-lo de não defender a cidade quando deputado federal, entre 2014 e 2016. A declaração se deu em meio à discussão sobre a reforma tributária que tramita no Congresso e, segundo os candidatos, pode reduzir as arrecadações da capital paulista.

"Um prefeito de São Paulo tem que ir ao Congresso Nacional, defender a sua cidade. Bruno, você foi deputado comigo e você não estava lá defendendo a cidade para evitar que a cidade perdesse arrecadação.

Sobre o assunto, Covas se limitou a dizer que "é acusação de adversário, isso é desespero a alguns dias da eleição".