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Futebol no Santos, pegadinha e mão no fogo: o debate UOL em frases

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Ana Carla Bermúdez e Gabriela Sá Pessoa

Do UOL, em São Paulo

11/11/2020 12h44Atualizada em 11/11/2020 15h59

O debate realizado pelo UOL e pela Folha de S.Paulo com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo foi marcado por ataques a Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) —os dois postulantes mais bem colocados segundo as últimas pesquisas de intenção de votos.

Ao longo do encontro, os candidatos não pouparam esforços e questionaram diretamente seus adversários sobre temas como o apoio de padrinhos políticos.

Os quatro primeiros colocados na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira passada (5), foram convidados: Bruno Covas, atual prefeito e que busca a reeleição, Celso Russomanno, Guilherme Boulos e Márcio França (PSB), todos empatados tecnicamente, dentro da margem de erro.

Veja, a seguir, as principais frases do debate.


Bom dia a todos, é um prazer muito grande estar aqui, quero agradecer o UOL e a Folha pela pesquisa. Ou melhor, pelo debate, que eu já vou falar da pesquisa.
Celso Russomanno, em ato falho durante resposta a pergunta sobre liminar obtida por sua campanha que censurou a divulgação de pesquisa Datafolha

Pelo que eu entendi, o Bruno bota a mão no fogo pelo Ricardo Nunes. Agora, eu queria fazer outra pergunta: você bota a mão no fogo pelo [João] Doria?
Guilherme Boulos, para Bruno Covas

Vocês vejam, tem candidato que não consegue entender a regra do debate, imagina estar preparado para governar a Prefeitura de São Paulo. Para governar a Prefeitura de São Paulo, não basta vender ilusão, é preciso ter preparo, é preciso ter experiência.
Bruno Covas, em indireta a Guilherme Boulos

Quando eu era bem jovem, eu também tinha vontade de jogar futebol no Santos. Era meu sonho, achava que eu ia ser futebolista. Com o tempo, eu percebi que eu não tinha a competência suficiente para ser futebolista, fiquei no treinamento no Pepe, acabei não passando. Porque muitas vezes você tem boas ideias, mas a verdade é que, depois, na prática aquilo não se realiza porque você não sabia de detalhes que você vai descobrir com o tempo.
Márcio França, em indireta a Guilherme Boulos sobre sua inexperiência em cargos no Executivo

Eu queria só aproveitar esse intervalo para a gente lembrar as regras. Entre as regras acordadas pelos candidatos, pelas campanhas, está de não fazer uso do celular aqui no estúdio, por favor, obrigada.
Thaís Oyama, colunista do UOL e mediadora do debate, em bronca durante o evento; França e Russomanno estavam usando os aparelhos

O dia que quiser, marque a hora, estou à disposição para andar nas periferias e olhar os córregos e os rios. Se os córregos e rios que te mostrar estiverem limpos, eu abdico da minha candidatura agora.
Celso Russomanno para Bruno Covas

Celso, eu desconheço essa reportagem, é do seu site? Do seu programa? Precisa dizer de onde tira as coisas. Você colocou nas redes sociais e veio fazer pegadinha em debate? Celso, pelo amor de Deus, parece que você está desesperado porque está caindo nas pesquisas e começa a querer tratar o debate desse jeito.
Guilherme Boulos, em resposta a acusação de Russomanno

O Bolsonaro, na minha visão, é autêntico, o que ele fala eu posso discordar, mas evidentemente ele está falando o que ele pensa, e ele foi eleito por esse fato. Ele é uma pessoa que ao longo da vida nunca negou esse jeito dele. Ele não teve ao longo da vida dele o meu voto, mas, de verdade, não quer dizer que isso não faça dele uma pessoa legítima para exercer a Presidência.
Márcio França, em resposta a Thaís Oyama

Eu, jogar junto com o PSDB? Você me dizendo isso, chega a ser engraçado, olha o Bruno confirmando aí. Eu, não.
Guilherme Boulos para Márcio França, que disse que o psolista fazia dobradinha com Covas no debate

Acho que tem muita coisa em jogo nesse próximo domingo, o que está em jogo é se a gente quer uma cidade com menos desigualdade, uma cidade para as pessoas e não para os negócios, uma cidade que não seja puxadinho nem do Palácio do Planalto, nem do PSDB, do Palácio dos Bandeirantes.
Guilherme Boulos, criticando os padrinhos políticos de Covas, que é aliado do governador tucano João Doria, e de Russomanno, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro