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Russomanno e Doria só entram no horário eleitoral "se der tempo", diz Covas

Covas cumprimenta apoiador em campanha pelas ruas de São Paulo - Wanderley Preite Sobrinho
Covas cumprimenta apoiador em campanha pelas ruas de São Paulo Imagem: Wanderley Preite Sobrinho

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

19/11/2020 11h27

O prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), afirmou hoje na Zona Leste de São Paulo que Celso Russomanno (Republicanos) e o governador João Doria (PSDB) só aparecerão em seu programa eleitoral gratuito se sobrar tempo.

Covas vem sendo criticado pelo adversário Guilherme Boulos (PSOL) por receber o apoio de Russomanno, que no primeiro turno foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo Boulos, o embarque do republicano na campanha do tucano remonta à dupla "bolsodoria", em referência à dobradinha que ajudou a eleger Doria como governador em 2018.

Com rejeição de 39% na capital, o governador e o próprio PSDB foram escondidos pela campanha do tucano durante todo o primeiro turno.

Depois de ontem negar "constrangimento" em receber o apoio de Russomanno, hoje Covas foi questionado sobre a aparição do republicano e do governador em seu horário eleitoral, cujo tempo foi turbinado no 2º turno.

"Não sei ainda", respondeu. "A população quer comparar a historia de cada um [dos candidatos]. Vamos ver se vai dar tempo de mostrar todos os apoiadores".

Horário eleitoral

Covas também respondeu sobre um dos principais trunfos de Boulos no segundo turno: a metade do tempo no horário eleitoral gratuito.

"Cada um olha o número que lhe beneficia. Pra mim, eu tinha 35% do horário eleitoral, 65% para oposição, mas agora pra mim é meio a meio", afirmou.

Sobre a pesquisa Ibope - que ontem o colocou na liderança com 47% das intenções de voto contra 35% de Boulos -, ele disse que "pesquisa não substitui eleição".

"A diferença é maior do que os 12 pontos que foram a diferença do 1º turno", disse. "[Preciso que] As pessoas que estão nos apoiando consigam mais um voto".