PT pede à Justiça que obrigue Feliciano a provar que Lula fechará igrejas
O PT protocolou hoje no TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) um pedido para que o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) seja obrigado a apresentar provas de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja determinar o fechamento de igrejas evangélicas se for eleito ao Palácio do Planalto.
A manifestação ocorre depois de a coordenação da campanha do petista identificar a disseminação de notícia falsa em que indivíduos críticos do PT dizem que, caso a esquerda volte ao poder no Brasil, templos religiosos serão fechados. À Folha de S.Paulo, o deputado afirmou na terça-feira (16) que a comunidade evangélica tem "muito receio" de eventual governo petista. "Existem muitas formas de se fechar uma Igreja. Uma delas é calando os pastores ou obrigando religiosos a terem condutas antibíblicas. A igreja fisicamente estará aberta, mas na prática estará fechada", disse ele.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) endossou publicamente a fake news. "É preciso estar atento. A partir de hoje, mais do que nunca, os que amam o vermelho passarão a usar verde e amarelo, os que perseguiram e defenderam fechar igrejas se julgarão grandes cristãos, os que apoiam e louvam ditaduras socialistas se dirão defensores da democracia", escreveu o candidato à reeleição em seu perfil no Twitter.
Em nota, Lula afirmou que Bolsonaro mente para os evangélicos. "Ele é um fariseu, tenta manipular a fé de homens e mulheres evangélicas que vão à igreja pela sua religiosidade. Conta mentiras todos os dias".
O petista sancionou a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em 2009, proposta pelo bispo e então senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Infelizmente, vamos ter que conviver com muita fake news, com muita mentira, como já está sendo alvo Lula, que foi o presidente que regulamentou a liberdade religiosa no Brasil. Isso garantiu que todos pudessem abraçar uma crença livremente, sem nenhum constrangimento do Estado. E ele, Lula, está sendo atacado neste momento pela família do próprio presidente da República, que acha que não tem que respeitar todas as religiões", afirmou o candidato ao governo de São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP).
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