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Quaest: Bolsonaro e Lula ficam estagnados entre mulheres e evangélicos

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) participa de evento evangélico em Camboriú (SC)  - Alan Santos - 2.mai.2019/PR/AFP
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) participa de evento evangélico em Camboriú (SC) Imagem: Alan Santos - 2.mai.2019/PR/AFP

Do UOL, em São Paulo

31/08/2022 16h14Atualizada em 31/08/2022 18h23

Quaest - Pesquisa confiável -  -

Pesquisa da Quaest Consultoria realizada presencialmente, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, aponta que, apesar dos esforços da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) em conquistar o voto feminino e o eleitorado evangélico, ele está estagnado com os dois grupos.

A campanha de Bolsonaro tem investido na aparição da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em tentativa de apelar às mulheres e aos evangélicos ao mesmo tempo.

Desde as sondagens de julho, o chefe do Executivo tem apenas variado dentro da margem de erro do voto feminino, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. No mês passado, 28% das mulheres entrevistadas indicaram que votariam em Bolsonaro.

Na pesquisa de 3 de agosto, o número se repetiu e foi a 30% no dia 17 do mesmo mês. No levantamento mais recente, 29% das eleitoras entrevistadas afirmaram que vão votar no presidente. Lula também aparece variando dentro da margem de erro quando se trata do eleitorado feminino.

    Bolsonaro no voto feminino:

    • 3 de agosto: 28%
    • 17 de agosto: 30%
    • 31 de agosto: 29%

    Lula no voto feminino:

    • 3 de agosto: 46%
    • 17 de agosto: 46%
    • 31 de agosto: 45%

    Ontem, o presidente, ao lado da primeira-dama e a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), sediou um culto para 60 mulheres evangélicas no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF).

    Essa semana Michelle apareceu em propaganda na televisão falando diretamente com mulheres nordestinas, região que é historicamente fiel ao principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Além da rejeição do eleitorado feminino, a campanha agora precisa reparar o dano feito pelo presidente no debate de domingo à noite, no qual atacou a jornalista Vera Magalhães e a também candidata à Presidência Simone Tebet (MDB).

    Entre os homens, a pesquisa Quaest mostra uma pequena vantagem de Lula:

    Lula no voto masculino:

    • 3 de agosto: 43%
    • 17 de agosto: 43%
    • 31 de agosto: 42%

    Bolsonaro no voto masculino:

    • 3 de agosto: 36%
    • 17 de agosto: 37%
    • 31 de agosto: 35%

    Bolsonaro tem 51% das intenções de voto entre eleitores evangélicos.

    Em 3 de agosto, esse índice era de 48%. Em um mês, ele oscilou dentro da margem de erro, que é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, para 51%.

    Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 27% dos votos de evangélicos — em 3 de agosto, o percentual era de 29%, outra variação na margem.

    Bolsonaro entre eleitores evangélicos:

    • 3 de agosto: 48%
    • 17 de agosto: 52%
    • 31 de agosto: 51%

    Lula entre eleitores evangélicos:

    • 3 de agosto: 29%
    • 17 de agosto: 28%
    • 31 de agosto: 27%

    Entre eleitores católicos, Lula manteve entre 23 e 24 pontos de liderança durante o mês.

    Bolsonaro entre eleitores católicos:

    • 3 de agosto: 27%
    • 17 de agosto: 27%
    • 31 de agosto: 27%

    Lula entre eleitores católicos:

    • 3 de agosto: 51%
    • 17 de agosto: 52%
    • 31 de agosto: 51%

    Entre eleitores de outras religiões ou sem crença, Lula caiu fora da margem de erro, indo de 53% para 45% ao fim de agosto. Bolsonaro, dentro da margem de erro, foi de 20% a 24% ao longo do mês.

    Lula entre eleitores de outras religiões ou sem religião:

    • 3 de agosto: 53%
    • 17 de agosto: 53%
    • 31 de agosto: 45%

    Bolsonaro entre eleitores de outras religiões ou sem religião:

    • 3 de agosto: 20%
    • 17 de agosto: 23%
    • 31 de agosto: 24%

    Sobre o instituto

    O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.