Antibolsonarismo cresce e supera números do antilulismo, diz pesquisa
Uma nova rodada da pesquisa "A cara da Democracia", realizada pelo Instituto da Democracia (INCT/INDDC) e encomendada pelo CNPq e Fapemig, apontou que o antibolsonarismo hoje supera o antilulismo no país.
A pesquisa entrevistou, ao todo, 1.535 pessoas em 101 cidades de todas as regiões do Brasil entre os dias 9 e 14 de setembro. Em um dos questionamentos, o instituto perguntou aos participantes qual a nota para os políticos, numa escala de zero a dez, sendo 1 "não gosta de jeito nenhum" e 10 "gosta muito".
De acordo com o levantamento, 37% os entrevistados responderam 1 para o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 31% participantes da pesquisa deram a mesma nota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro, por sua vez, recebeu a nota 10 de apenas 16% entrevistados, enquanto o petista obteve 27% de avaliações positivas.
O terceiro colocado nas pesquisas de intenções de voto, Ciro Gomes (PDT), também foi avaliado pelos entrevistados. O pedetista somou, ao todo, 28% de notas 1, e apenas 4% disseram "gostar muito" do ex-ministro.
Outro dado apresentado pela pesquisa pode estar relacionado ao crescimento do antibolsonarismo nos últimos dias: a postura de Jair Bolsonaro nas manifestações do último 7 de Setembro, Dia da Independência.
Quando questionados sobre como consideram o comportamento do presidente na data, quando ele participou das manifestações em Brasília e no Rio de Janeiro, 41% dos entrevistados optaram pela alternativa "inadequado". Por outro lado, 10% dos participantes do levantamento consideraram a presença do mandatário nos atos "muito adequada".
Ainda sobre o tema "manifestações", os eleitores foram perguntados se as manifestações aumentam ou diminuem as chances de Bolsonaro se reeleger em outubro. Desses, 44% afirmaram que as chances do presidente diminuem, enquanto 36% responderam que elas aumentam.
A margem de erro total da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais para mais ou menos com índice de confiança de 95%.
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