Defesa nega motivação política em assassinato de bolsonarista em SC
A defesa do homem de 58 anos suspeito de matar a facadas o bolsonarista Hildor Henker, 34, negou que uma briga por questões políticas tenha motivado o assassinato. Essa é uma das linhas de investigação no inquérito aberto pela Polícia Civil de Santa Catarina. O caso aconteceu no sábado (24), em um bar de Rio do Sul, a 116 km de Florianópolis.
O suspeito foi identificado pela Polícia Civil, mas não teve o nome revelado pela corporação nem pela defesa que o atende. Em contato com o UOL, os advogados Josemar Lottin e Otávio Slonczewski comentaram que o cliente deles irá se apresentar hoje para depor sobre o fato, mas adiantaram que o suspeito contou que a briga não teve motivação política.
A hipótese foi levantada ontem após a Polícia Civil ouvir as primeiras testemunhas. Elas relataram uma suposta discussão política entre os envolvidos pouco antes do crime. Os depoimentos ainda informaram que a vítima usava uma camisa com menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no momento do crime, enquanto o suspeito seria conhecido como simpatizante do PT.
Em uma publicação nas redes sociais, uma irmã da vítima mencionou que foi "homicídio por causa de política", sem detalhar o ocorrido.
O UOL confirmou com a Polícia Civil que o suspeito será ouvido ao longo desta terça-feira (27). A corporação também disse que não existe mandado de prisão contra ele.
"Ele vai se apresentar hoje, mas não posso informar o horário combinado com a Polícia Civil. A única coisa que posso dizer antes do depoimento dele é a de que a morte não foi por motivação política, como andam dizendo por aí. Não tem nada a ver com briga política, mas os detalhes disso somente após o depoimento. Não há política no meio dessa história", declarou Lottin.
Meu cliente não tem preferência política nenhuma. Não é simpatizante [do PT].
Josemar Lottin.
Segundo a Polícia Militar, após o crime, o suspeito foi até sua casa, informou a esposa sobre o caso e fugiu. Ele tem passagens por lesão corporal e injúria.
Defesa também nega parentesco. Lottin ainda afirmou que o suspeito não tinha parentesco com a vítima. A motivação por desavenças familiares também é uma das linhas de investigação da Polícia Civil.
"Ambos não tinham parentescos, mas eram amigos. Moravam no mesmo bairro e não havia inimizade anterior. Foi um fato isolado que será esclarecido no decorrer do processo. Após a apresentação [do suspeito], eu posso falar, mas agora, por ética profissional, prefiro não detalhar", ratificou.
Familiar confirma que envolvidos não eram parentes. Uma parente de Hildor Henker corroborou à reportagem que a vítima e o suspeito não possuíam qualquer grau de parentesco. A familiar, que preferiu não se identificar, relatou que o supervisor de segurança não tinha inimizades.
"Ele realmente era uma pessoa muito querida por todos. Não tinha inimigos, nunca brigou ou levantou a mão para alguém. Também não tem grau de parentesco nenhum com o acusado", afirmou em rápido contato com o UOL. Hildor não tinha esposa nem filhos.
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