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Ex-candidato da extrema direita na Itália doa R$ 300 mil a apoiador de Lula

Augusto de Arruda Botelho (PSB) é candidato a deputado federal - Carine Wallauer/UOL
Augusto de Arruda Botelho (PSB) é candidato a deputado federal Imagem: Carine Wallauer/UOL

Do UOL, em São Paulo

30/09/2022 20h30Atualizada em 30/09/2022 20h40

O advogado Augusto de Arruda Botelho (PSB), advogado criminalista e candidato a deputado federal por São Paulo, recebeu doação de R$ 300 mil do empresário e senador Luiz Osvaldo Pastore (MDB), ex-candidato ao Senado da Itália pela Liga Norte, partido de extrema direita. De esquerda, Botelho é apoiador da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto .

A doação de Pastore consta no DivulgaCand (Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais), sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que conta com informações dos candidatos registrados na Corte Eleitoral. As doações, que totalizam R$ 300 mil, foram realizadas através de cinco transferências eletrônicas.

Detalhamento das doações de Pastore ao candidato esquerdista:

  • 18 de agosto: R$ 34 mil
  • 29 de agosto: R$ 33 mil
  • 6 de setembro: R$ 100 mil
  • 14 de setembro: R$ 100 mil
  • 28 de setembro: R$ 33 mil

Pastore é o terceiro maior doador da campanha de Botelho e só perde para o próprio advogado criminalista, que doou R$ 317 mil para a própria campanha, e para a direção do PSB, que repassou R$ 301.166,96 para o candidato da sigla.

Em 2018, Pastore tentou uma vaga no senado italiano pelo partido de extrema direita Liga Norte. Atualmente, o ex-candidato disputa a primeira suplência da ex-ministra do governo Bolsonaro Flávia Arruda (PL), que concorre ao Senado pelo Distrito Federal e tem o apoio do atual presidente.

Ao TSE, Pastore declarou ter R$ 453.595.515,70 em bens. Ele também é senador e entrou no cargo após a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), titular, pedir licença do Senado.

No ano passado, Pastore também tentou disputar a presidência do Palmeiras, mas desistiu após repercussão de notícias sobre a ligação do empresário com partidos de extrema direita da Itália e discurso nacionalista, o que teria incomodado grupos de torcedores progressistas no time. Leila foi eleita no último ano para uma gestão de três anos à frente do Palmeiras.