Wálter Maierovitch, jurista e colunista do UOL, analisou hoje a situação de Paulo Dantas (MDB), governador de Alagoas que foi afastado por denúncia de corrupção. Ele entende que existem motivos para suspeitas, mas questionou a urgência do caso, sob o ponto de vista jurídico-político. Dantas concorre à reeleição.
Em participação no UOL News, Maierovitch destacou que não existem questionamentos sobre a necessidade de investigar o crime. "Ninguém fala que não houve a tal rachadinha. Ninguém fala isso porque, segundo até ministros já apontaram em off, existem, sim, indícios com lastro de suficiência de que teria ocorrido esse crime".
Mas Maierovitch questiona o momento em que foi feito o afastamento de Dantas, a menos de duas semanas do 2º turno.
A operação da Polícia Federal foi deflagrada quando Dantas disputa a reeleição no 2º turno contra Rodrigo Cunha (União), candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente da Câmara, Artur Lira (PL-AL).
"Tem a questão da urgência. Era urgente em véspera de eleição? Quando foi postulada essa medida? Esse pedido a PF fez em agosto. Estamos em outubro. Teve um tempinho. Se essa medida é necessária, é urgente, o que se fez de agosto até agora?", analisou Maierovitch.
Maierovitch entende que caberia até prisão de Dantas em flagrante. Mas isso não foi feito, o que só reforça a contradição do caso, na visão do jurista.
Josias: PF não é a mesma; sob bolsonaro, órgão é irreconhecível
O colunista do UOL Josias de Souza também comentou sobre o caso de Dantas e criticou a Polícia Federal.
"A Polícia Federal foi 'avacalhada' durante o governo Bolsonaro. Durante aquela fatídica reunião ministerial de 22 de abril, em que palavrões soaram mais forte que ideias, o presidente disse que não hesitaria em intervir na Polícia Federal para proteger amigos e familiares. Uma parte da Polícia Federal foi aparelhada. Não é a mesma, é um órgão irreconhecível", criticou.
Josias: Petismo faz o mesmo jogo do bolsonarismo: combate mentira com mais mentira
No UOL News, Josias de Souza ainda criticou a atuação de André Janones (Avante-MG), aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o colunista, o deputado usa a mesma estratégia "suja" do bolsonarismo e tem aval do PT.
"O esgoto prevalece na campanha de 2022 e não há como dizer que um lado é mais inocente do que o outro. O PT tenta terceirizar jogo sujo ao André Janones. Mas não é a primeira vez que o partido faz isso. Em 2014 o PT já terceirizou o jogo sujo para o João Santana, que destruiu com mentiras a candidatura da então presidenciável Marina Silva. Essa estratégia é velha e o que há de diferente agora é intensidade. A sujeira é generalizada e indiscriminada", concluiu Josias.
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