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TSE devolve direitos políticos a candidato mais votado em SE após eleições

Nome de Valmir de Francisquinho (PL) constava na urna, mas votos não foram considerados válidos - Reprodução/Facebook
Nome de Valmir de Francisquinho (PL) constava na urna, mas votos não foram considerados válidos Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

14/10/2022 20h17

O Tribunal Superior Eleitoral devolveu os direitos políticos a Valmir de Francisquinho (PL), candidato ao governo de Sergipe, que teve o registro negado e mesmo assim foi o candidato mais votado na eleição. Filho do político, o deputado estadual Talysson de Valmir, também do PL, recebeu de volta o mandato. A decisão foi tomada por 6 votos a 1.

No entanto, a decisão de agora não muda o resultado do 1º turno das eleições em Sergipe. Apenas três dias antes do pleito, o TSE acatou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe e declarou que Valmir e o filho estavam inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa. A eleição teve pouco mais de 542 mil votos nulos, dos quais 457.922 eram destinados a Valmir. Por não ter havido tempo para tirar o nome de Valmir de Francisquinho das urnas, seu nome constava na urna, mas os votos para ele não foram considerados válidos.

Os candidatos Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD) disputarão no dia 30 de outubro o cargo de governador no 2º turno.

Valmir Francisquinho e o filho foram condenados por abuso de poder político e econômico. Quando Francisquinho era prefeito de Itabaiana e Talysson era candidato a deputado estadual em 2018, ele teria utilizado sua posição política para alavancar a candidatura do filho, prática considerada "abusiva" na época pela justiça eleitoral.

Depois da nova decisão, o ex-candidato publicou um vídeo nas redes sociais comemorando sua elegibilidade e acusando perseguição contra si.

Neste sábado, a coligação composta pelo candidato entrou com uma ação rescisória junto ao TSE e afirma que a medida "busca reparar uma injustiça de grandes proporções". Em nota, a coligação diz que o pedido tem como objetivo "respeitar a vontade soberana do povo sergipano materializada" na votação.