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Casagrande (PSB) é reeleito governador do Espírito Santo no 2º turno

Patricia Pamplona

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

30/10/2022 18h29Atualizada em 30/10/2022 19h44

O atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), foi reeleito no segundo turno para um novo mandato à frente do estado. É a terceira vez que ele assume o cargo, após uma passagem pelo Palácio Anchieta entre 2011 e 2014. Casagrande disputava o segundo turno com o ex-deputado federal Carlos Manato (PL). Casagrande teve 53,8% dos votos, enquanto Manato recebeu 46,2%.

O pessebista liderou isoladamente a disputa durante toda a campanha para o primeiro turno nas eleições de 2022. Audifax Barcelos (Rede), Guerino Zanon (PSD), Capitão Vinicius Sousa (PSTU), Aridelmo Teixeira (Novo) e Cláudio Paiva (PRTB) eram os outros candidatos.

Casagrande e o PT

Nascido em Castelo (ES) e formado em engenharia florestal e direito, Casagrande, 61, iniciou sua carreira política no PCdoB, migrou para o MDB e, por fim, para o PSB. Além de governar o Espírito Santo, já foi deputado estadual e federal, vice-governador e senador pelo estado.

Para as eleições de 2022, recebeu apoio do PT, já que sua sigla faz parte da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva. Os petistas, em contrapartida, retiraram a candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo. Ainda assim, Casagrande foi acusado ao longo da campanha de esconder o ex-presidente.

"Se eu quisesse esconder o Lula, não falaria num programa como esse a minha afirmativa de que eu vou votar no Lula. E já fiz isso em diversos outros momentos", afirmou o governador durante sabatina realizada pela Rádio CBN Vitória e por A Gazeta.

O ex-presidente quase não apareceu no horário eleitoral do pessebista, nem em suas redes sociais. Na mesma ocasião, Casagrande complementou dizendo que fez uma aliança ampla no estado, que incluía outras candidaturas à Presidência.

Apoiaram a aliança o PDT de Ciro Gomes, o MDB de Simone Tebet e o PP, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Escândalos no mandato

Os últimos quatro anos do governador à frente do Palácio Anchieta foram cheios de casos polêmicos. Seu então subsecretário de Agricultura, Rodrigo Vaccari (PSB), foi exonerado em março após ser alvo da operação que investigou suspeitas na compra de álcool em gel.

Já o ex-secretário de Meio Ambiente Mário Louzada deixou a equipe do governo em agosto após ser acusado de assédio sexual por uma servidora enquanto ainda estava no cargo.

Desde a redemocratização, o Espírito Santo já foi governado por diversos partidos, do PT de Vitor Buaiz (1995-1998, que trocou o partido pelo PT durante o mandato) ao PSDB de José Ignácio Ferreira (1999-2003).

Desde 2004, porém, Paulo Hartung (atual MDB e ex-PSB) e Casagrande se revezam no poder.