Tio do Marçal e outros: o que faz e quanto ganha um suplente de vereador?

Eleitores de 5.569 municípios do Brasil foram às urnas, neste domingo (6), para eleger prefeitos e vereadores para os próximos quatro anos. Os suplentes de vereador são os candidatos com mais votos, mas que não foram eleitos, dos partidos que conseguiram representação na Câmara.

O que é um suplente?

Ele funciona como uma espécie de "reserva" para quando um vereador eleito ficar ausente de sua função por motivo de saúde ou por morte, por exemplo. O suplente também assume o cargo quando o vereador concorre a outra eleição ou assume outro cargo na administração pública. Os suplentes também existem em outros cargos legislativos.

Como o suplente é escolhido?

Teoricamente, todos os candidatos não eleitos do partido são suplentes. Eles recebem uma classificação conforme o número de votos nas urnas. Quem assume a vaga aberta é o segundo candidato mais votado do partido do vereador eleito, e assim por diante, conforme outras vagas sejam liberadas. Em caso de empate, o critério é por idade, com prioridade para os mais velhos.

Quando o suplente não pode assumir?

Vagas de suplentes pertencem ao partido, e não aos candidatos. Caso o candidato mude de partido, ou seja expulso, a vaga de suplente vai para o próximo mais votado e que está na fila de espera daquela legenda.

Existe vice-vereador?

Não. Exatamente por isso que existem os suplentes. É diferente do cargo de prefeito, por exemplo, em que é eleita a chapa (prefeito e vice-prefeito). Por isso, existe uma fila de suplentes que estão aptos para assumir caso seja necessário.

O suplente ganha salário?

Não. O suplente só precisa estar disponível para, a qualquer momento, ser chamado para ocupar o cargo de vereador durante os quatro anos de mandato do colega de partido eleito. Ele só receberá a remuneração se ocupar o cargo.

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Quem são os candidatos que ficaram como suplentes

Edson Marçal (Podemos), tio de Pablo Marçal (PRTB), é exemplo de candidato que ficou como suplente. "Tio Edson", como é conhecido na região, recebeu 32 votos para vereador em Mozarlândia, a 302 quilômetros de Goiânia, no interior de Goiás. A Câmara Municipal tem nove cadeiras. A cidade conta 14.750 habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Sergio Hondjakoff (Cidadania) teve 456 votos e também ficou como suplente no Rio de Janeiro. Esta foi a primeira candidatura do ator, que ficou conhecido por interpretar o Cabeção em "Malhação", na TV Globo.

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