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Sakamoto: Nunes esconde Bolsonaro para evitar perder voto na reta final

A rejeição de Jair Bolsonaro (PL) é um fator de peso quando o assunto é a presença (ou ausência) do ex-presidente na reta final da campanha de Ricardo Nunes (MDB) para a reeleição à Prefeitura de São Paulo, destacou o colunista Leonardo Sakamoto durante o UOL News de segunda-feira (21).

Para o colunista, porém, se Nunes sair vitorioso em São Paulo, ele terá um grupo a agradecer: o de vereadores que fizeram campanha por ele nas regiões periféricas da cidade.

É aquilo que a gente vem repetindo desde o primeiro turno. A rejeição do Bolsonaro em algum momento seria explorada. Engraçado que está sendo explorada principalmente pela própria campanha, pelos estrategistas da própria campanha do Nunes. Nunes está escondendo Bolsonaro para evitar perder voto na reta final da campanha.

Segundo o colunista, Bolsonaro aparece na reta final, em almoço com empresários e culto em igreja, não por Nunes, mas por ele mesmo, para dizer lá na frente que foi decisivo, quando não foi. Para Sakamoto, é aparição calculada. E o podcast que devem gravar juntos é pensado para as redes sociais, não para o público em geral.

O Bolsonaro é tóxico em São Paulo. No final, se o Nunes confirmar-se a condição de primeiro colocado e vier a ganhar, o Bolsonaro vai vir a público e dizer que foi por causa dele, que a vitória é dele. Vai tentar contar vantagem nisso. E ele e os filhos vão dizer que foi uma vitória do bolsonarismo contra o lulismo. Toda essa papagaiada. E não vai ser. Nem o Lula entrou de sola aqui. E o Bolsonaro também estava ausente, para alegria para o Nunes. O maior cabo eleitoral do Nunes se chama vereadores.
Leonardo Sakamoto

Sakamoto: Diferente de Bolsonaro, Lula sempre foi transparente sobre saúde

A comunicação do Palácio do Planalto tem sido transparente após o acidente doméstico sofrido pelo presidente Lula (PT), também avaliou o colunista no programa — um cenário distinto do que ocorria quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha assuntos de saúde para divulgar à sociedade.

Com a exceção do episódio do atentado que ele sofreu em 6 de setembro de 2018, aquela abominável facada que levou, depois disso, o presidente Jair Bolsonaro foi muito ruim em comunicação. Ele ia para os hospitais, não informava, fazia exames e só depois de um bom tempo as pessoas [sabiam]. A comunicação de saúde dele era horrível. Ele evitava ao máximo falar se tinha ou não contraído Covid, se fazia teste, se havia se vacinado.

Depois, percebíamos que havia uma tentativa de instrumentalizar esses momentos médicos. Era comum que, quando ele sofria críticas ou quando havia uma denúncia contra ele, coincidentemente, ele ia fazer um exame. Essas coincidências foram se repetindo ao longo do mandato. Ele usava a saúde para seus interesses pessoais.
Leonardo Sakamoto

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Veja a íntegra do comentário:

Landim: Boulos usa tática similar a de Marçal para manter campanha acesa

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) está usando de táticas similares às de Pablo Marçal (PRTB) para "manter a chama da campanha acesa" até o final do segundo turno —um esforço "desesperado" para virar a liderança de Ricardo Nunes (MDB) nas últimas pesquisas, analisou a colunista Raquel Landim ontem.

O Nunes não só é candidato, mas é candidato à reeleição. Se o Boulos tem uma denúncia tão grave contra ele, deve apresentá-la o mais rápido possível, porque talvez seja necessário instaurar uma CPI para tirá-lo do cargo. Esse é o tipo de tática exaustivamente utilizado por Pablo Marçal. Ele não gosta da comparação, mas o que está fazendo no segundo turno para tentar manter a chama da campanha ativa é muito parecido.

Foi mais grave o que o Marçal fazia, porque ele entrava direto nas fake news. Boulos não está disseminando uma mentira, mas essa expectativa de manter a chama acesa... está todo mundo muito cansado dessa campanha. Houve tanta agressividade e baixaria no primeiro turno que as pessoas cansaram. Ele está em uma tática meio desesperada de manter a atenção das pessoas ativa para tentar provocar uma virada.
Raquel Landim

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Opinião

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