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Congressista americano sugere que presidente da BP cometa suicídio

Ao todo, mais de 600 espécies animais estão ameaçadas pelo vazamento; <b>VEJA MAIS</b> - Charlie Riedel/AP
Ao todo, mais de 600 espécies animais estão ameaçadas pelo vazamento; <b>VEJA MAIS</b> Imagem: Charlie Riedel/AP

Do UOL Notícias <br> Em São Paulo

16/06/2010 18h25

O presidente da BP America (filial norte-americana da empresa britânica), Lamar McKay, recebeu uma proposta bastante inusitada durante a reunião da comissão de Energia e Comércio do Congresso americano na terça-feira (15). O congressista Joseph Cao, do Estado de Louisiana, sugeriu que McKay cometesse um harakiri --antigo ritual suicida japonês adotado por samurais para recuperar a honra.

BP anuncia suspensão do pagamento de dividendos aos acionistas

O presidente da BP (British Petroleum), Carl-Henric Svanberg, afirmou, logo após o discurso do presidente americano, Barack Obama, que o conselho da empresa decidiu suspender os pagamentos de dividendos aos seus acionistas. E ele também emitiu um pedido de desculpas "ao povo americano em nome de todos os empregados da BP".

"Stearns solicitou ao senhor McKay que se demita", disse Cao, referindo-se à sugestão do colega republicano Cliff Stearns. "Bem, na cultura asiática que fazemos as coisas de forma diferente. Na época dos samurais, nós apenas lhe daríamos uma faca e pediríamos que cometesse um harakiri", disse. As informações são do jornal "The Huffington Post".

O congressista Joseph Cao é vietnamita-americano e mencionou a raiva de seus eleitores com o vazamento da BP no golfo do México.

O presidente norte-americano Barack Obama anunciou hoje (16) que a BP aceitou pagar US$ 20 bilhões para formar um fundo independente para custear os estragos reivindicados pela população e empresários atingidos pelo vazamento de petróleo no golfo do México, depois de um acidente em uma plataforma da BP em abril. Trata-se do maior vazamento de óleo da história americana. O governo estima que até 9,5 milhões de litros de petróleo vazem por dia.

O fundo será supervisionado pelo advogado Kenneth Feinberg, que, no Departamento do Tesouro, teve a mesma função sobre o fundo de compensação para as vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Feinberg é conhecido como o "czar dos salários" nos Estados Unidos, já que foi nomeado pelo presidente Barack Obama para controlar os salários de executivos de empresas que receberam dinheiro do governo após a crise financeira internacional de 2008.