Crise no Haiti dificulta saída de estrangeiros do país
O fechamento dos principais aeroportos do Haiti, nos últimos dois dias, aumentou o fluxo de estrangeiros pela fronteira seca do país com a República Dominicana. Desde a última quarta-feira (8), os aeroportos haitianos foram fechados por conta dos distúrbios causados pelo anúncio dos resultados das eleições presidenciais.
Neste sábado (11), as atividades do Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, o maior do país, reiniciaram parcialmente.
No período da manhã, o departamento de imigração haitiano localizado próximo à cidade dominicana de Jimani, ficou lotado. Centenas de missionários estrangeiros que deixavam o país tiveram de encarar longas filas para conseguirem sair do Haiti.
Um grupo de médicos e funcionários do Ministério das Relações Exteriores do Brasil foi escoltado por militares de Porto Príncipe até a fronteira. “Nossa missão no Haiti acabou e tivemos que voltar. Mas como os aeroportos estavam fechados, acabamos tendo que vir pela estrada”, disse o médico Samir Lisak, do Hospital Sírio Libanês.
Os missionários norte-americanos Kathleen e Larry Beck tiveram de esperar dois dias para cruzar a fronteira. “Estávamos aguardando os protestos terminarem. Os vôos foram cancelados e a única forma de sairmos do país foi por terra, mas não tínhamos como vir antes por causa dos distúrbios”, afirma Larry Beck.
Neste final de semana, ao menos duas companhias aéreas retomaram seus vôos para e desde Porto Príncipe, mas a norte-americana American Airlines ainda não está operando.
A distância entre Porto Príncipe e Jimani, na fronteira com a República Dominicana, é de 59 quilômetros, mas a estrada é precária e há riscos de assaltos, principalmente à noite.
Os recentes distúrbios também fizeram com que as principais companhias de transporte terrestre da República Dominicana suspendessem suas rotas para a capital haitiana, aumentando ainda mais o isolamento do país vizinho.
Apenas carros fretados, com placas diplomáticas e caminhões se arriscaram a atravessar a fronteira neste sábado.
Os protestos causados pelo anuncio dos resultados das eleições presidenciais também ameaçava atrapalhar a vida dos militares brasileiros em Porto Príncipe. A maior parte da alimentação dos dois batalhões na capital haitiana vem da República Dominicana e são transportados por estrada.
Durante os protestos, os manifestantes montaram barricadas e pelo menos três caminhões de comida e outros suprimentos estavam esperando desde a última quarta-feira (8) para atravessarem a fronteira.
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