Obama anuncia plano que agiliza trâmite de emissão de vistos no Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira (18) uma ordem executiva que pretende agilizar em 40% a capacidade de tramitar vistos em seus consulados no Brasil e na China em 2012, entre outras medidas para potencializar o turismo.
Em um discurso em frente ao castelo da Cinderela, na Walt Disney World, em Orlando, Obama disse que os EUA estão prontos para os negócios. "Queremos mostrar ao mundo, especialmente às pessoas destes dois países [Brasil e China] com uma classe média em expansão, que a América está pronta para os negócios", disse.
A decisão inicia um extenso plano focado em impulsionar a criação de empregos nos Estados Unidos através da facilitação das viagens turísticas de cidadãos de países emergentes, segundo informou a Casa Branca em comunicado.
As solicitações de vistos para os Estados Unidos tramitadas no Brasil aumentaram 42% em 2011 e o governo de Obama calcula que para 2016 as viagens dos brasileiros ao país terão aumentado 274% com relação a 2010.
Para fazer frente a essa demanda, o Departamento de Estado quer se certificar que 80% dos solicitantes de vistos de turista no Brasil e na China possam ser submetidos à entrevista nas três semanas seguintes ao recebimento do pedido.
Além disso, trabalhará para expandir o programa que exime os visitantes da necessidade de um visto e ampliar a duração permitida de sua estadia nos EUA.
Tanto no Brasil como na China será iniciado um programa piloto para processar as solicitações de visto, que inclui a possibilidade de prescindir de entrevistas para os viajantes considerados "de baixo risco", como os que estejam tentando renovar seu visto de não imigrante.
No caso do Brasil, é previsto que também possam viajar sem entrevista prévia "os jovens ou aqueles que solicitem o visto pela primeira vez", segundo o comunicado.
Além disso, os Estados Unidos acrescentarão Taiwan à lista de 36 nações que podem viajar ao país a turismo sem necessidade de visto, responsáveis por 60% das viagens ao país.
O governante, que após assinar a ordem viajou ao parque Disney World, em Orlando (Flórida), para apresentar o plano de forma mais ampla, incluiu a iniciativa em seu programa de criação de emprego "We Can't Wait" (Nós não podemos esperar, em tradução livre), impulsionado mediante ordens executivas que não precisam de aprovação do Congresso.
Segundo a Casa Branca, se os Estados Unidos aumentarem sua participação no mercado turístico internacional, podem ser criados no país mais de um milhão de empregos na próxima década.
Os requisitos para os turistas e homens de negócios estrangeiros têm sido motivo de queixas por parte de alguns países emergentes, que não pertencem ao chamado programa de isenção de visas, o qual beneficia a maioria dos países europeus e as nações ricas e aliadas dos Estados Unidos.
Altos funcionários diplomáticos já anunciaram em novembro que aumentarão o número de funcionários nas embaixadas de Brasil e China devido à grande demanda de visas.
Dos 820.000 brasileiros que pediram permissão para viajar aos Estados Unidos entre outubro de 2010 e setembro de 2011 (ano fiscal americano), 791.000 a obtiveram.
Os Estados Unidos concederam 885.000 vistos a chineses, ante mais de um milhão de solicitações durante o mesmo período, num aumento de demanda de 34%.
Segundo cálculos citados pela Casa Branca, o crescimento das classes médias na China, Brasil e Índia devem provocar um aumento do número de viagens para esses países de 135%, 274% e 50%, respectivamente, até 2016.
(Com agências internacionais)
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