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Ministro Patriota diz que substituição da cúpula política chinesa não altera relação com o Brasil

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

14/11/2012 12h00

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quarta-feira (14) que a relação entre o Brasil e a China permanecerá intensa e inalterada, mesmo com o anúncio de mudanças na cúpula política chinesa.

Patriota acrescentou que está em vigência o Plano Decenal de Cooperação entre Brasil e China nas áreas de comércio, cultura, agricultura, ciência, educação, tecnologia e inovação. Segundo ele, o governo brasileiro acompanha com “muito interesse” as alterações no comando político chinês.


“Acompanhamos com muito interesse tudo o que se passa na China, um parceiro estratégico do Brasil, mas temos plena confiança de que continuaremos desenvolvendo uma relação intensa e cordial em todos os planos”, ressaltou o chanceler. “Temos plena confiança de que o governo chinês implementará com muito entusiasmo esse plano decenal”, acrescentou.

O 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) anunciou que foram escolhidos os integrantes do Comitê Central e da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, que integram a cúpula política. Os novos líderes cumprirão mandato de cinco anos. A escolha foi definida por 2.307 delegados do partido.

Para amanhã (15) é esperada a oficialização do nome de Xi Jinping, que faz parte do PCC, como presidente da República, em substituição a Hu Jintao. Também é aguardado o anúncio do nome de Li Keqiang, que ocupa um cargo no governo, como novo primeiro-ministro, no lugar de Wen Jibao.

Em discurso, Hu Jintao disse hoje que o processo de mudança faz parte da substituição dos “velhos líderes pelos novos”. Segundo ele, as mudanças visam ao “desenvolvimento conjunto” da China em favor do “socialismo chinês e suas características próprias”.

Desde o dia 8, os dirigentes chineses estão reunidos no 18º Congresso Nacional do PCC. Ao anunciar a decisão de substituir os antigos líderes por mais jovens, Hu Jintao também apresentou um relatório, no qual defende a manutenção do socialismo, o respeito à diversidade étnica presente na China e reitera que todas as decisões são baseadas no marxismo.