EUA e Reino Unido apontam provável uso de armas químicas na Síria
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse nesta quinta-feira (25) que o regime sírio de Bashar al Assad usou armas químicas em pequena escala. Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores britânico também confirmou a informação.
"Nossos serviços de inteligência avaliam, com diversos graus de confiança, que o regime sírio usou armas químicas em pequena escala na Síria, especialmente gás sarin", disse Hagel em Abu Dhabi (Emirados Árabes), onde fez uma escala durante uma visita pelo Oriente Médio.
"Recebemos informações limitadas, mas convincentes de várias fontes provando a utilização de armas químicas na Síria, principalmente gás sarin", indicou o porta-voz britânico. "A utilização de armas químicas é um crime de guerra. Repassamos esta informação a nossos aliados, nossos parceiros e às Nações Unidas e trabalhamos ativamente para obter mais e melhores informações", acrescentou em um comunicado.
Patrimônio destruído
A destruição de um minarete do século 11 em uma das mais famosas mesquitas da Síria nesta semana trouxe à luz os estragos que o conflito civil no país está impondo ao rico patrimônio arquitetônico da nação árabe.
Rebeldes e governo se acusam mutuamente pela destruição do minarete da Grande Mesquita, na cidade de Aleppo, no norte do país, que tem sido palco de fortes combates entre as duas facções.
A parte mais antiga ainda preservada da mesquita era o minarete - a torre da qual o muezim faz os chamados para as preces - de 45 metros, datado de 1090.
Segundo a Unesco, pelo menos cinco dos seis locais da Síria classificados como Patrimônio Mundial foram danificados, entre eles a Cidade Velha de Damasco, a citadela islâmica de Palmira e a cidade de Bosra.
Além de danos provocados por bombas e tiros, o patrimônio sírio também vem sofrendo ameaças por conta de saqueadores, como os que invadiram e pilharam um dos mais bem preservados castelos dos cruzados em todo o mundo, o Crac des Chevaliers.
O conflito na Síria já dura dois anos e, segundo grupos de direitos humanos, já fez pelo menos 70 mil mortos.
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