"Para derrotar o terrorismo, é preciso seguir com a vida normalmente", diz premiê britânico
Em uma breve declaração concedida em Londres, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que "uma das melhores maneiras de se derrotar o terrorismo, é seguindo normalmente com a vida."
Sobre o ataque ocorrido na quarta-feira (23), que deixou um morto e dois feridos em Londres, o premiê disse que o ato "chocou a todos".
"As imagens publicadas até agora são chocantes. Os autores do ataque tentaram nos dividir, mas eles nos uniram e nos deixaram mais fortes", afirmou.
O homem morto no ataque, que ainda não teve a identidade revelada, era um soldado, segundo a polícia londrina. A vítima, com cerca de 20 anos, teria sido atingida por um carro e depois atacada perto de uma base militar em Woolwich, no sudeste de Londres.
De acordo com a BBC, os autores do ataque gritavam "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) enquanto esfaqueavam a vítima. Segundo fontes citadas pela agência local "PA", os suspeitos são de origem nigeriana, embora de nacionalidade britânica e convertidos ao Islã.
Cameron também disse que seus pensamentos estão com a vítima e sua família e agradeceu o trabalho da polícia e das forças de segurança.
Para o premiê, a suposta motivação religiosa do ataque é injustificável.
"Não há nada no islamismo que justifique um ato terrível como este. Nada justifica estes ataques e a culpa é inteira dos autores perpetraram esse ato", afirmou.
Cameron preside reunião
Mais cedo, Cameron presidiu uma reunião do comitê de emergências Cobra do governo britânico para analisar o assassinato do soldado. Participaram da reunião em Downing Street, que durou cerca de uma hora, vários ministros e o prefeito de Londres, Boris Johnson, assim como os chefes da polícia e do MI5, o serviço de contra-espionagem britânico.
Por enquanto não se modificou o nível de alerta terrorista no Reino Unido, enquanto a Polícia investiga os dois suspeitos detidos e se o ataque foi um ato isolado.
Homem com mãos sujas de sangue aparece em vídeo
Vídeo gravado a pedido dos agressores
Após o ataque, um dos suspeitos pediu a pessoas que estavam em um ônibus que tirassem fotos dele porque queria aparecer na TV, afirma a emissora norte-americana CNN.
Um homem que pediu para não ser identificado contou à emissora ITN, que ia para uma entrevista de emprego quando passou pelo local e começou a filmar.
Segundo ele, um homem com um cutelo e uma faca nas mãos meladas de sangue "veio em direção a mim e disse 'Não, não, não, tudo bem. Eu quero apenas falar com você'".
No vídeo, o homem fala: "Eu peço desculpas por mulheres terem que testemunhar isso hoje, mas na nossa terra as mulheres têm que ver o mesmo. Vocês nunca estarão em segurança. Se livrem de seu governo, eles não ligam para você".
O "The New York Times" publicou que a justificativa para o ataque, nas palavras do homem com as mãos ensanguentadas, seria "o que está acontecendo em nossos países", frase associada a militantes islâmicos quando se referem a conflitos no Afeganistão, Iraque e Somália. (Com agências internacionais)
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