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Síria termina entrega de informações sobre armas químicas, diz regulador

Do UOL, em São Paulo

20/09/2013 11h16

A Síria enviou nesta sexta-feira (20) uma "declaração inicial" sobre suas armas químicas e programas de pesquisa na area para a OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas, na sigla português), sediada em Haia, na Holanda.

O porta-voz da OPAQ afirmou que o material “está sendo analisado” e que ainda não serão divulgados detalhes sobre o arsenal. Um diplomata da ONU ouvido por agências internacionais afirmou que "o material é vasto e está sendo traduzido. Mas esperamos mais".

A organização - que monitora o uso de armas químicas no mundo - já manifestou publicamente sua pressa em destruir as armas químicas sírias e as instalações que as fabricam.

No entanto, os esforços diplomáticos para agilizar o processo não têm surtido efeito. Um encontro marcado para domingo (22), no qual o conselho executivo da OPAQ – composto por representantes de 41 países – discutiria o plano da Rússia para a Síria foi adiado.

Segundo o acordo firmado por Estados Unidos e Rússia, inspetores devem entrar na Síria em novembro para começar o processo de destrução do arsenal e dos equipamentos de produção de armas químicas.

Todo o arsenal sírio deve ser removido ou destruído até meados de 2014.

Reivindicações de cessar-fogo

O regime sírio tem evitado falar sobre os comentários feitos por Qadri Jamil, um dos três de seus ministros adjuntos, que disse ao jornal britânico "The Guardian", na última quinta-feira (19), que seu governo iria considerar um cessar-fogo se as negociações de paz forem organizadas. "Nem a oposição armada, nem o regime é capaz de derrotar o outro lado."

Jamil afirmou que as negociações seria "um fim à intervenção externa, um cessar-fogo e o lançamento de um processo político pacífico de uma forma que o povo sírio pode desfrutar de autodeterminação, sem intervenção externa e de uma forma democrática. "

No entanto, o partido de Jamil disse nesta sexta-feira que seus comentários não representam a posição do governo. (Com agências internacionais)