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"Viúva Branca" fez poema em homenagem a Osama bin Laden

Do UOL, em São Paulo

22/10/2013 14h09

A britânica Samantha Lewthwaite, conhecida como “Viúva Branca", uma das suspeitas de ter liderado o ataque ao shopping Westgate no Quênia em 21 de setembro, escreveu um poema expressando seu amor ao terrorista Osama bin Laden e afirmando que a al-Qaeda está “mais forte e feroz do que nunca”.

No poema, encontrado em um hd em sua antiga casa no Quênia, a “Viúva Branca” chama Bin Laden de “pai” e “irmão”. “Meu amor por você não tem igual”, escreveu.

A britânica também chama os muçulmanos a “procurarem a vitória até se martirizarem” e a “instalarem o terror nos não islâmicos”.

No mesmo computador onde o poema foi encontrado, a polícia também achou fotos, receitas de bombas e páginas sobre dietas e exercícios.

Lewthwaite é procurada pela Interpol pela suspeita de participação no atentado terrorista do shopping Westgate e por ter planejado um ataque a um resort turístico no Quênia em 2011.

Ela, que é viúva de Jermaine Lindsay, um dos autores dos ataques contra a rede de transportes de Londres em 2005, entrou no Quênia usando um passaporte falso da África do Sul, segundo a polícia queniana.

Lewthwaite, oriunda da cidade de Aylesbury, nos arredores de Londres, teria relação com células terroristas. Ela foi apelidada pela imprensa de "Viúva Branca", e segundo a polícia ela teria fugido do Quênia à Somália em 2012.

Filha de um soldado britânico, Lewthwaite se disse horrorizada quando seu marido, nascido na Jamaica, detonou a mochila cheia de explosivos que carregava e matou 26 pessoas em um vagão do metrô de Londres no dia 7 de julho de 2005. Naquele momento estava grávida de seu segundo filho.

Condeno totalmente e estou horrorizada pelas atrocidades ocorridas em Londres", afirmou, descrevendo seu marido como "um marido bom e carinhoso, que não deu nenhum sinal de ir cometer este crime atroz".

O jornal queniano "Daily Nation" citou especialistas de segurança para afirmar que os islamitas da costa queniana a chamam de "Dada Muzungu" - "irmã branca" em suaíli - e que conseguiu escapar de uma operação policial em Mombaça em janeiro de 2012. (Com agências internacionais)