Destroços de avião da Argélia que estava desaparecido são encontrados no Mali
Equipes francesas estacionadas no Mali localizaram nesta quinta-feira (24) os destroços do avião da companhia aérea Air Algérie que havia sumido dos radares 50 minutos após a decolagem. O voo AH5017 havia partido de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, em direção a Argel, capital argelina.
Os destroços foram encontrados em Tilemsi, no meio do caminho entre as cidades de Gao e Kidal, uma zona desértica de acesso difícil.
"Os serviços de navegação aérea perderam o contato com um avião da Air Algérie que voava nesta quinta-feira de Uagadugu a Argel, 50 minutos após a decolagem", anunciou a companhia aérea, cujas informações foram divulgadas pela APS, agência estatal de notícias da Argélia.
Segundo a companhia aérea espanhola Swiftair, dona do McDonnell Douglas MD-83, estavam a bordo 110 passageiros e seis tripulantes.
A Swiftair informou em nota que o avião partiu a 1h17 (22h17 em Brasília) e deveria ter pousado na Argélia às 5h10. A trajetória do voo AH5017 não estava imediatamente clara.
De acordo com o ministro dos Transportes de Burkina Fasso, Jean Bertin Ouedrago, o piloto do AH5017 pediu para mudar de rota à 1h38 por causa de uma tempestade. O avião enviou sua última mensagem por volta de 1h30, quando fez a solicitação ao controle aéreo de Níger, justificando que havia fortes chuvas na região.
Um diplomata em Bamaco (capital do Mali) afirmou que uma forte tempestade de areia atingiu o norte malinês, região que está na rota de voo do avião, durante a noite.
As autoridades argelinas informaram que seu último contato com o voo se deu a 1h55 quando o avião passava por Gao (Mali) e sumiu dos radares.
Autoridades de aviação de Burkina Faso, Mali, Níger, Argélia e Espanha também participavam das buscas.
Burkina Faso fica ao sul da Argélia, e suas capitais estão distantes em uma linha quase reta passando pelo Mali --o norte do país enfrenta conflitos envolvendo islâmicos ligados à Al Qaeda e separatistas Tuareg.
Lista de passageiros tem 14 nacionalidades
O ministro Jean Bertin Ouedrago afirmou que estavam no avião 51 franceses, 27 burquinenses, oito libaneses, cinco canadenses, seis argelinos, quatro alemães, dois luxemburgueses, um suíço, um belga, um ucraniano, um egípcio, um nigeriano, um camaronês e um malinês. Os seis tripulantes são espanhóis.
O incidente é mais uma na sequência de ocorrências aéreas internacionais dos últimos dias. Na semana passada, um avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas (a maioria cidadãos da Holanda) caiu no leste da Ucrânia quando voava de Amsterdam (Holanda) para Kuala Lumpur (Malásia). O governo dos Estados Unidos acusa separatistas pró-Rússia que controlam a região de terem derrubado o Boeing 777 que fazia o voo MH17.
Na quarta (24), um avião da TransAsia Airways caiu nas ilhas Penghu, em Taiwan, com 58 pessoas (a maioria de Taiwan)–ao menos 48 morreram. O avião que fazia o voo GE222 tentava fazer um pouso de emergência quando caiu. Ainda não há confirmações sobre as causas do acidente, mas acredita-se que a passagem do tufão Matmo pela região tenha complicado as condições de tráfego aéreo. (Com agências internacionais)
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