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Países contestam saldo de mortos em tragédia na Arábia Saudita

Do UOL, em São Paulo

29/09/2015 11h35

Pelo menos três países questionam o saldo de mortos apresentado pela Arábia Saudita no tumulto durante peregrinação a Meca na semana passada.

Autoridades sauditas disseram que 769 morreram e mais 900 ficaram feridos no pisoteamento. Mas Índia, Paquistão, Nigéria e Indonésia afirmam ter evidências de que mais de 1.000 pessoas foram mortas.

Na segunda-feira (29), o Irã abriu seu discurso na ONU com uma dura crítica à atuação da Arábia Saudita no desastre, exigindo esclarecimento dos fatos que levaram à morte de ao menos 140 iranianos. O líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei, cobrou um pedido de desculpas.

A Arábia Saudita acusou o Irã, seu rival regional, de fazer "política" com a tragédia.

Uma fonte do governo da Nigéria que não foi identificada disse à BBC que esteve em Jeddah, para onde os mortos foram levados, e constatou que 14 caminhões cheios de cadáveras chegaram ao local com 1.075 corpos. Segundo essa fonte, quatro caminhões ainda seriam descarregados. 

O chanceler da Índia, Sushma Swaraj, publicou no Twitter que autoridades sauditas divulgaram fotos de 1.090 peregrino mortos, informação corroborada por autoridades do Paquistão e da Indonésia.

O tumulto da quinta-feira passada foi o pior em 25 anos de peregrinação a Meca. (Com agências internacionais)