Em janeiro, ataques em Paris deixaram 17 mortos em revista e mercado
Os ataques desta sexta-feira (13) em Paris fizeram o mundo lembrar dos atentados cometidos contra a revista satírica "Charlie Hebdo" e um mercado kosher, ambos também na capital francesa. Junto com uma policial baleada no sul da cidade, as ações ocorridas entre os dias 7 e 9 de janeiro deixaram 17 mortos (12 na revista, quatro no mercado e a policial).
A "Charlie Hebdo" foi atacada por dois irmãos franceses de origem argelina, Said e Chérif Kouachi, que queriam se vingar de autores de charges publicadas pela revista que faziam piada com Maomé, o principal profeta do islamismo. A revista também já havia publicado ilustrações satíricas sobre líderes muçulmanos. Ao sair do prédio, os atiradores gritaram "Vingamos o profeta Maomé, matamos Charlie Hebdo". Eles foram mortos em um cerco policial dois dias depois do ataque.
O radical islâmico francês Amedy Coulibaly, que se dizia filiado ao Estado Islâmico, foi o responsável pelo ataque ao mercado e também teria sido o assassino da policial. Ele também morreu após cerco da polícia ao estabelecimento.
Os irmãos autores do ataque ao semanário agiram em coordenação com Coulibaly, embora os primeiros afirmassem que atuavam em nome da Al Qaeda da Península Arábica, filial da rede terrorista no Iêmen.
Nos dias seguintes aos ataques, milhões de pessoas saíram às ruas em várias cidades da França e do mundo em protesto ao ocorrido. Um integrante do alto escalão da Al Qaeda na Península Arábica reivindicou a responsabilidade pela ação no "Charlie Hebdo" e foi morto em maio num ataque americano à região.
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